Navio movido a vento embarca 72 mil toneladas de açúcar em Santos

Tecnologia sustentável com velas rígidas reduz em até 30% o consumo de combustível no transporte marítimo

Aline Feltrin

O Porto de Santos, maior complexo portuário da América Latina, foi palco de uma operação inédita no transporte marítimo sustentável. O Terminal Açucareiro Copersucar (TAC) embarcou, na última semana de maio, 72 mil toneladas métricas de açúcar em um navio oceânico inovador movido a vento: o Pyxis Ocean.

A embarcação, fretada pela Cargill e contratada pela Alvean – empresa do ecossistema Copersucar especializada em comercialização de açúcar –, utiliza duas velas rígidas WindWings de 37,5 metros de altura. Essa tecnologia pode reduzir o consumo de combustível fóssil em até 30%, contribuindo significativamente para a redução das emissões de carbono no transporte marítimo internacional.

Transporte marítimo com menor impacto ambiental

O uso das velas WindWings permite que o navio aproveite a força do vento para impulsionar parte da viagem, sem comprometer a velocidade média da embarcação. Com isso, o transporte de commodities agrícolas como o açúcar ganha uma alternativa mais ecológica e alinhada com as metas globais de descarbonização.

“Para o Ecossistema Copersucar, essa operação representa uma oportunidade de testar soluções que estejam alinhadas à nossa estratégia de logística multimodal eficiente com menor emissão, e reforça nosso compromisso com a sustentabilidade na cadeia logística”, destaca Rodrigo Lima, diretor de Logística e Operações da Copersucar.

Estratégia sustentável no agronegócio

O projeto faz parte da estratégia da Copersucar de liderar práticas sustentáveis no setor sucroenergético, adotando tecnologias que contribuam para uma logística mais verde e eficiente. A operação com o Pyxis Ocean também reforça o papel de empresas brasileiras na busca por soluções sustentáveis no agronegócio e na exportação de commodities.

O Porto de Santos, que já é referência em movimentação de açúcar, passa a integrar esse marco tecnológico ao seu histórico operacional, abrindo caminho para futuras operações com navios com propulsão alternativa e menor pegada de carbono.

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