Os portos brasileiros iniciaram 2025 com um recorde histórico na movimentação de contêineres. Dados recentes da plataforma DataLiner, da Datamar, apontam que o Brasil importou 300.504 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em janeiro, um aumento de 18,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse volume representa o maior nível de importação da última década.
A China segue como principal origem das importações brasileiras via contêiner, com um crescimento expressivo de 25,2% em relação a janeiro de 2024. Em contrapartida, as compras dos Estados Unidos caíram 6,5% no mesmo intervalo. Outros países apresentaram desempenhos destacados, como a Índia (+62,6%) e a Itália (+42,3%).
Entre os produtos mais importados, reatores, caldeiras e máquinas lideraram o ranking, com um crescimento de 40,1% na comparação anual. Equipamentos elétricos também tiveram forte alta (+35%), enquanto os plásticos registraram um crescimento mais modesto (+4,6%).
Exportações também crescem
As exportações brasileiras via contêiner também tiveram um desempenho robusto em janeiro, avançando 6,1% na comparação anual e alcançando o maior volume para o mês em dez anos.
A China se manteve como principal destino, apesar de uma queda de 19,4% nas remessas brasileiras para o país em relação a janeiro de 2024. Os envios para os Estados Unidos ficaram praticamente estáveis (+1,1%), enquanto as exportações para o México recuaram 16,1%. Por outro lado, as vendas para o Vietnã cresceram expressivos 59,6% no período.
Dentre os produtos mais exportados, a carne continuou na liderança, com um aumento de 9,6% no volume. Outros destaques foram o algodão (+41,5%), café e chá (+11,5%), enquanto a madeira teve retração de 10,3%.
Desempenho na Região do Prata
Na Região do Prata, que abrange a bacia do Rio da Prata, os três principais parceiros comerciais do Brasil tiveram desempenhos distintos no comércio de contêineres. A Argentina registrou um crescimento de 3,6% nas exportações e um salto de 47,7% nas importações. Já o Paraguai teve forte retração, com quedas de 18,5% nas exportações e 45% nas importações. Por fim, o Uruguai também apresentou desempenho negativo, com exportações caindo 4,6% e importações recuando 5%.
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