O cenário para a Scania é promissor. De janeiro a setembro deste ano, a empresa vendeu 14.048 caminhões a partir de 16 toneladas no Brasil, sendo 13 mil deles pesados. Esse desempenho representa um crescimento de 70,5% em relação aos 8.240 caminhões vendidos no mesmo período de 2023, garantindo à empresa uma participação de 19,6% nas vendas totais de 91.098 unidades de pesados e semipesados. Até dezembro, a expectativa é alcançar 20 mil unidades, conforme anunciado pelo CEO e presidente da Scania Brasil, Simone Montagna. “Se a previsão se concretizar, esse será o melhor resultado de vendas da empresa desde 2013, quando a Scania comercializou 19.900 caminhões no país.”
O resultado marca a superação das dificuldades enfrentadas pela companhia — juntamente com outras fabricantes de caminhões e ônibus no Brasil — durante a transição da tecnologia Euro 5 para Euro 6, a partir de janeiro de 2022. Essa mudança encareceu os preços dos caminhões em até 30%, resultando em perda nas vendas.
Lançamentos na Fenatran
Para ajudar a atingir suas metas de crescimento, a Scania aposta em novidades para sua linha de caminhões. Os lançamentos serão exibidos na Fenatran 2024, na maior feira de transporte de cargas da América Latina, que acontecerá de 4 a 8 de novembro em São Paulo. “São inovações que fortalecem a Scania em nichos de mercado onde há potencial de crescimento”, comentou o diretor de vendas de soluções da Scania Operações Comerciais Brasil, Alex Nucci.
Apesar de ter dobrado suas vendas de semipesados de um ano para o outro, passando de 535 unidades nos nove primeiros meses de 2023 para um pouco mais de 1.000 unidades no mesmo período deste ano, a Scania ainda possui uma participação modesta nesse segmento. A empresa, no entanto, planeja aumentar sua presença. Uma das medidas para melhorar sua performance foi a introdução de um motor de 7 litros no caminhão P 280, disponível nas configurações 4×2 e 6×2, com uma potência de 280 cv.
Para o segmento fora de estrada, a empresa apresentará o caminhão vocacional P280 6×4 XT (foto acima) com motor de 7 litros e voltado para aplicações na chamada aérea de “construção leve”, ou seja, edificações residenciais, estruturas temporárias e até reformas e ampliações, que necessitam do uso de betoneiras, caçambas e guindastes.
O XT também pode ser utilizado em obras de infraestrutura como um caminhão de apoio. Com um PBT técnico de 28,5 toneladas e capacidade máxima de tração (CMT) que alcança 150 toneladas, será mais uma opção para empresas que atuam em um segmento que abrange veículos de 280 a 360 cv de potência e está em expansão. “São 10 mil caminhões vendidos anualmente e uma taxa de crescimento de 2 a 3%, segundo Alex Nucci.
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