Agronegócio segue impulsionando as vendas de implementos rodoviários

No primeiro quadrimestre foram emplacados 30.154 reboques e semirreboques, 11,29% acima de igual período de 2023; incluindo as carrocerias sobre chassis, as vendas aumentaram 2,63%, chegando a 49.617 unidades nos quatro meses deste ano

ndústria se beneficia da força do agronegócio brasileiro, com encomendas aquecidas

Sonia Moraes

O setor agrícola continua impulsionando as vendas de implementos rodoviários, com grande demanda para escoar a produção. Da variedade de produtos fabricados pelas empresas, o segmento de reboques e semirreboques (os modelos pesados), vem mantendo o bom desempenho desde o início do ano e fechou o acumulado de janeiro a abril com 30.154 produtos comercializados no mercado brasileiro, crescimento de 11,29% sobre o mesmo período de 2023, quando foram emplacadas 27.096 unidades, conforme mostra os números divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

No segmento reboques e semirreboques, o destaque que vem se mantendo desde o início do ano é o graneleiro/carga seca, que teve 7.382 produtos comercializados no mercado brasileiro até abril deste ano, 34,17% a mais que no primeiro quadrimestre de 2023, quando vendeu 5.502 produtos, segundo a Anfir.

“No começo do ano a nossa indústria se beneficia da força do agronegócio brasileiro, com encomendas aquecidas de os produtos que atuam na logística de transporte da produção agrícola”, afirma o presidente da Anfir, José Carlos Spricigo.

Vendas de leves em queda

O segmento de carrocerias sobre chassi (modelos leves) começou o ano com fraco desempenho e fechou os quatro meses de 2024 retração de 8,4%, com 19.463 produtos emplacados. Em igual período de 2023, o setor comercializou 21.248 unidades. Incluindo reboques e semirreboques e carrocerias sobre chassis, a quantidade de implementos rodoviários emplacados no primeiro quadrimestre deste ano aumentou
2,63%. De 48.344 unidades de janeiro a abril de 2023 para 49.617 unidades nos quatro meses deste ano.

As exportações, que também vem apresentando resultado negativo desde o início do ano, fecharam o primeiro quadrimestre com queda de 45,21%. De 1.305 unidades vendidas de janeiro a abril de 2023, a quantidade caiu para 714 unidades nos quatro meses deste ano.

Panorama econômico

A Anfir destaca que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) espera que a economia brasileira cresça 1,9% este ano, índice abaixo do registrado pelo país em 2023 (2,9%), mas acima da última estimativa oficial de 1,8%. A taxa Selic deve ter mais uma redução em maio, segundo o informado pelo Copom (Comitê de Política Monetária), de 0,5 pontos, e a expectativa é que haja uma pausa no ciclo de cortes a partir de junho.

“Mesmo com a redução, a taxa Selic permanece em nível muito elevado para que tenhamos um desenvolvimento saudável da economia e isso pode comprometer a evolução do PIB brasileiro”, avalia o presidente da Anfir. “Em todo caso, no empenho de fazer o país crescer não se pode desconsiderar o endividamento excessivo das empresas e pessoas.”

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