Indústria de pneus tem queda de 19% nas vendas

A indústria de pneus fechou o primeiro semestre com queda de 18,7% no volume entregue às montadoras de todos os tipos de veículos, passando de 9,396 milhões para 7,636 milhões de unidades quando comparado ao período de janeiro a junho de 2014. Em toneladas, a redução alcançou 29,9% refletindo uma menor venda de veículos de […]

A indústria de pneus fechou o primeiro semestre com queda de 18,7% no volume entregue às montadoras de todos os tipos de veículos, passando de 9,396 milhões para 7,636 milhões de unidades quando comparado ao período de janeiro a junho de 2014.

Em toneladas, a redução alcançou 29,9% refletindo uma menor venda de veículos de carga (caminhões e ônibus) cujos pneus têm peso e valor superior.

A desvalorização cambial não ajudou a resolver o problema de competitividade industrial do país e na exportação a perda em quantidade foi de 25,4%, caindo de 667.069 unidades em 2014 para 497.752 mil de unidades em 2015.

“Além do câmbio é preciso rever a questão tributária, os encargos sobre mão de obra, o custo de energia, a burocracia, o abastecimento de insumos e criar novos acordos comerciais, entre outros aspectos, para voltarmos a ter vendas externas crescentes”, comenta Alberto Mayer, presidente executivo da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).

As associadas à Anip, mesmo com redução do volume exportado, geraram um saldo de US$ 345 milhões na balança comercial no período, compensando quase totalmente as importações de terceiros, que também caíram.

As vendas totais de pneus seguiram em queda em junho e fecharam o semestre com a comercialização de 37,028 milhões de unidades ante 37,269 milhões de unidades em 2014, o que representa um decréscimo de 0,6%.

O mercado de reposição voltou a apresentar crescimento na quantidade vendida (+10,9%) devido ao desempenho de pneus de passeio (+16,7%), camionetas (+13,0%), duas rodas (+7,2%). A comercialização de pneus de carga teve queda de 6,2%.

A produção de pneus no país teve um leve crescimento, de 2%, nos primeiros seis meses deste ano quando comparado ao mesmo período de 2014, passando de 35,12 milhões para 35,80 milhões de unidades. Os estoques, porém, seguem altos, o que tem levado à venda com baixa rentabilidade e à interrupção das linhas de fabricação em várias unidades.

A Anip entregou ao governo federal um documento com 11 propostas para impulsionar a competitividade e produtividade do setor.

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