A carga de refrigerados, que corresponde a 5% da operação de cabotagem, tem potencial para crescer no Brasil, segundo Jaime Batista, gerente comercial de cabotagem da Aliança Navegação e Logística. O aumento da participação ocorrerá especialmente no mercado de congelados – frangos, refeições prontas, polpa de frutas, além de outros produtos industrializados, como sorvete, margarina, embutidos, laticínios, chocolates e produtos farmacêuticos.
Além da redução de custos em relação ao transporte rodoviário – de 10% a 15% –, a cabotagem configura-se em um autêntico transporte porta a porta, que une rapidez e economia por meio de um planejamento de operações multimodais, resultando em um meio de transporte sustentável, com baixa emissão de CO2.
Por ano, a cabotagem elimina cerca de 300 mil viagens de longa distância das estradas brasileiras, mantendo, no entanto, curtas viagens nas pontas – entre o embarcador e o porto, na origem, e entre o porto e o cliente final, no destino.
Segundo Marcus Voloch, diretor de Mercosul e cabotagem da Aliança, o segmento de frutas é outro que pode se beneficiar bastante da estrutura reefer, que mantém a temperatura e umidade constantes durante todo o trajeto, porta a porta. “Estamos avaliando novas possibilidades para ampliar a utilização da cabotagem refrigerada neste segmento, buscando alternativas logísticas de redução de custo terrestre, considerando também a longa distância das fazendas até os portos”, afirma o executivo.