Ônibus são prioridade em 414 projetos no país

O país tem hoje 414 projetos em andamento que priorizam o uso do ônibus para o transporte da população. Desse total, 53 estão em obras, sendo 15 sistemas BRT (Bus Rapid Transit), 34 corredores e quatro faixas dedicadas a ônibus. Entre os que ainda não saíram do papel estão previstos 24 projetos que envolvem a implantação […]

Ônibus em BRT de Brasília

O país tem hoje 414 projetos em andamento que priorizam o uso do ônibus para o transporte da população. Desse total, 53 estão em obras, sendo 15 sistemas BRT (Bus Rapid Transit), 34 corredores e quatro faixas dedicadas a ônibus. Entre os que ainda não saíram do papel estão previstos 24 projetos que envolvem a implantação de seis corredores BRT e 18 faixas exclusivas.

Em fase de elaboração há seis projetos, sendo dois BRT e quatro corredores. Em ação preparatória existem 186 projetos, sendo 45 BRTs, 120 corredores e 21 faixas exclusivas. Em licitação há nove projetos, sendo dois BRTs e sete corredores. Em fase de licenciamento há somente um projeto para a construção de sistemas de BRT.

Dos 414 projetos em andamento, 132 já estão em operação, sendo 19 sistemas BRT, 28 corredores e 85 faixas exclusivas. Os três projetos que estão concluídos — dois sistemas BRT e um corredor —, ainda não entraram em operação.

O levantamento foi divulgado por Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Em uma palestra feita no Fórum Volvo de Mobilidade, realizado em Curitiba, ele apresentou o mapa nacional do transporte, com destaque para o andamento dos projetos de implantação de sistemas BRT, corredores e faixas exclusivas em 26 estados e 81 cidades brasileiras, o que soma um total de 2.710 quilômetros de vias em construção.

Otávio Cunha, presidente da NTU, durante palestra
Otávio Cunha, presidente da NTU: “Se não houver uma gestão efetiva o ônibus fica mais caro”

De acordo com o levantamento da NTU, o Paraná é o estado que tem o maior número de projetos de BRT, totalizando 83,1 quilômetros. São ao todo 16, sendo 13 em Curitiba, dois em Londrina e um em São José dos Pinhais.

No Estado de São Paulo são 12 projetos de sistemas de BRT, com 117 quilômetros. São três na capital, dois em Campinas, três em Jundiaí, um em São José dos Campos, dois em Sorocaba e um na Praia Grande.

No Rio de Janeiro, dos 12 projetos de 403, 4 quilômetros, 11 estão na capital e um na cidade de Niterói. No Ceará são oito projetos de 26,2 quilômetros para Fortaleza. Em Minas Gerais são sete, de 48 quilômetros, sendo três em Uberaba, três em Belo Horizonte e um em Uberlândia. Em Goiás são seis projetos, três em Goiânia, um em Aparecida de Goiânia e dois em Luziânia, totalizando 10,5 quilômetros de vias.

No Distrito Federal, há cinco projetos em andamento para Brasília, com um total de 73,7 quilômetros. Em Pernambuco são quatro projetos de BRT de 52,9 quilômetros — três para Recife e um para Caruaru. O Estado do Pará possui quatro projetos para Belém, de 19,9 quilômetros.

Na Bahia estão definidos três projetos — dois para Salvador e um para Feira de Santana. No Maranhão, os três projetos em andamento são para São Luís, com um total de 12,4 quilômetros de corredores. No Rio Grande do Sul os três projetos de BRT são para Porto Alegre. Alagoas tem dois projetos para Maceió e Tocantins dois projetos para Palmas (os dois estados não informaram o tamanho dos corredores de BRT que serão construídos).

Otávio Cunha destacou as políticas de subvenção ao transporte e explicou que é necessário construir nas cidades redes integradas e multimodais, para reduzir o custo. “Mas a rede multimodal não pode ser concorrente, tem que ser uma rede única, interligada”, ressaltou. Cunha enfatizou a importância do planejamento para garantir a mobilidade das cidades. “Se não houver uma gestão efetiva, o ônibus fica mais caro”, disse o presidente da NTU.

 

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