Faturamento da indústria de autopeças aumenta 5,3% no primeiro semestre

As vendas para as montadoras tiveram crescimento de 6,7% nos seis meses deste ano em relação ao mesmo período de 2023 e para o mercado de reposição a expansão foi de 10,2%

Sonia Moraes

A indústria de autopeças encerrou o primeiro semestre com sinais positivos, ao registrar crescimento de 5,3% no faturamento nominal – em real foi de 1,9%, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

No mês de junho em relação a maio deste ano a expansão foi de 5,64% e em comparação com junho de 2023 o avanço foi de 16,4% – em real foi 13,2% –, quando estava em ação o programa do governo para impulsionar as vendas de veículos.

O Sindipeças destaca que como o deflator utilizado (IPP) para subtrair o efeito inflacionário da série do faturamento se manteve constante pelo terceiro mês consecutivo, de acordo com o IBGE, as variações mensais foram iguais. “Adicionalmente, é interessante mencionar que a produção de autoveículos cresceu 26,6% na passagem de maio para junho e o número de licenciamentos avançou 10,3%, segundo a Anfavea. No primeiro semestre a produção automotiva cresceu apenas 0,5%, enquanto as vendas subiram 14,6%.”

Canais de distribuição

No primeiro semestre as fabricantes também registraram movimentos positivos nos canais de distribuição, com crescimento de 6,7% nas vendas nominais para as montadoras e de 10,2% no mercado de reposição. Em termos reais, as variações são menores, de 3,24% de aumento nas vendas para as montadoras e 6,60% para a reposição.

O Sindipeças ressalta que, devido às dificuldades enfrentadas pelo mercado automotivo com parceiros comerciais da região, as exportações em dólares encolheram 2,4% no semestre (5,5% em termos reais) quando comparadas a igual período de 2023.

A ociosidade no setor, que em maio era de 27%, caiu para 26% em junho, variação em torno da média verificada desde fevereiro de 2024, segundo o Sindipeças. As contratações subiram 0,4% no comparativo com maio deste ano e tiveram queda de 0,8% no primeiro semestre.

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