Em meados dos anos 1990, os entusiastas do transporte rodoviário foram surpreendidos com uma novidade que misturava saudade e expectativa: a volta da marca GCM ao mercado brasileiro. Após um período de ausência, a tradicional fabricante nacional de caminhões e chassis retornava às manchetes — e às estradas — com a promessa de resgatar o espírito robusto e confiável que a consagrou décadas antes.
A reportagem publicada em junho de 1996, na edição nº 376 da revista Transporte Moderno reportava esse retorno com destaque. A GCM, então sob o comando de um novo grupo empresarial, planejava retomar a produção com foco em veículos pesados e soluções sob medida para o transporte urbano e rodoviário. A marca apostava na modernização de seus modelos.
O relançamento não era apenas uma jogada nostálgica. Com uma proposta técnica atualizada e a montagem nacional prevista para começar em São Paulo, a GCM sinalizava sua ambição de competir com gigantes internacionais que já dominavam o mercado. A estratégia envolvia parceria com fornecedores locais, preços mais acessíveis e assistência técnica próxima — elementos-chave para reconquistar antigos clientes e atrair novas frotas.
A matéria destacava também o valor emocional do retorno: muitos profissionais do setor, mecânicos e caminhoneiros ainda se lembravam dos modelos GCM dos anos 1970 e 1980 com respeito e carinho. Na prática, o retorno da marca representava não apenas uma retomada empresarial, mas também uma tentativa de reacender uma identidade nacional no mercado de pesados.
Embora a trajetória da nova GCM não tenha sido longa, sua volta marcou um capítulo importante na memória do setor de transporte. Relembrar esse momento é também revisitar um tempo em que marcas brasileiras ainda sonhavam em disputar espaço com os grandes nomes globais — confiando na força de sua história, na fidelidade de seus usuários e na capacidade de se reinventar.
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