Com novo calado, que foi ampliado para nove metros, o porto Ponta do Félix, localizado no complexo portuário de Antonina, bate recorde de produtividade em operação de açúcar a granel

Foram carregadas no navio MV Indigo Lake, em 24 horas, 10.267 toneladas de açúcar VHP a granel, que é oriundo da região norte do estado de São Paulo e tem como destino a Venezuela.

O porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, no Paraná, encerrou o carregamento de 21 mil toneladas de açúcar a granel com recorde de produtividade. A segunda exportação realizada em menos de um mês pelo terminal já foi impactada pelo calado de nove metros, homologado no final de agosto pela autoridade portuária.

Nesta segunda operação, a performance teve um ganho de 70%. Foram carregadas no navio MV Indigo Lake, em 24 horas, 10.267 toneladas de açúcar VHP, frente à produtividade mínima de seis mil toneladas. Ao todo, o volume foi de 21 mil toneladas, por um período líquido de 49 h. O produto, açúcar VHP a granel, é oriundo da região norte do estado de São Paulo e tem como destino a Venezuela.

O açúcar VHP (Very High Polarization) é o açúcar bruto, menos úmido e ainda com a camada de mel que cobre o cristal do açúcar, por isso sua cor assemelha-se a do mel. O produto é usado como matéria-prima para o tipo refinado que é conhecido e comercializado em supermercados em todo o mundo. 

“A operação demonstrou a importância do aumento do calado e que o nosso terminal tem, além de vocação, capacidade operacional para entregar ao exportador alta produtividade em tempo reduzido”, declarou o presidente do porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan.

Aumento do calado trouxe benefícios

O diretor-presidente da ED&F MAN Brasil, responsável pela carga, Rodrigo Ostanello, disse que a operação mais rápida traz diversas vantagens que impactam desde o tempo de entrega até na qualidade do produto.

“Este segundo navio provou que é uma operação segura e funcional. Além disso, o calado de nove metros, recentemente homologado, também ajudou a operar um navio maior e contribuiu com a maior produtividade”, comemorou. Ostanello reforçou ainda que o line up diferenciado em Antonina é outro fator importante. “Não há fila de atracação, diferentemente dos demais portos que estão sobrecarregados com filas médias de 20 dias e sem espaço adicional para o volume nominal disponível para exportação”.

O exportador conta que a previsão para produção de açúcar no CS Brasil da safra 2023/24 é de aproximadamente 39 milhões de toneladas. “Deste total produzido, cerca de dez milhões de toneladas são para consumo localmente e o saldo, cerca de cinco milhões de toneladas de açúcar ensacado e 24 milhões de toneladas de açúcar a granel, destinados para exportação”, afirma Ostanello, ressaltando a expectativa de produção adicional de 3,2 milhões de toneladas de açúcar no Nordeste do Brasil.

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