Setor de autopeças acumula déficit de US$ 7,9 bilhões

As importações atingiram US$ 13,2 bilhões de janeiro a agosto deste ano, com aumento de 17,9% sobre o mesmo período de 2021, enquanto as exportações alcançaram US$ 5,3 bilhões, superando em 21,4% o mesmo período do ano passado

Sonia Moraes

A indústria de autopeças acumulou de janeiro a agosto de 2022 um déficit de US$ 7,9 bilhões, superando em 15,6% o saldo negativo de US$ 6,8 bilhões registrado nos oito meses de 2021, segundo dados divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

Esse resultado é decorrente das importações de peças automotivas que atingiram US$ 13,2 bilhões de janeiro a agosto deste ano (17,9% acima dos US$ 11,2 bilhões importados no mesmo período de 2021), enquanto as exportações ficaram bem abaixo e alcançaram US$ 5,3 bilhões, mesmo com o aumento de 21,4% sobre o mesmo período do ano passado, o que totalizou US$ 4,3 bilhões.

Em agosto, as importações totalizaram US$ 1,87 bilhão, 21,7% a mais que no mesmo mês de 2021 (US$ 1,54 bilhão), e as vendas de autopeças ao exterior atingiram US$ 817,4 milhões, com alta de 31,5% em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 621,8 milhões)

Do total de componentes importados de 177 países de janeiro a agosto de 2022, a China se destacou com US$ 2,12 bilhões, 18,8% a mais que nos oito meses de 2021, e a participação foi 16,1% nas compras totais das empresas. Em seguida estão os Estados Unidos, com US$ 1,58 bilhão, 28,2% a mais que o mesmo mês do ano anterior e 12% de participação.

A Alemanha teve 10% de representatividade, com o total de US$ 1,31 bilhão, 10,9% a mais que nos oito meses de 2021. O Japão, que aparece em quarto lugar no ranking, teve 8,7% de participação, com US$ 1,15 bilhão, 15,9% mais que no mesmo período de 2021.

Nas exportações destinadas a 201 mercados, os principais foram a Argentina, com US$ 1,91 bilhão, 45,6% a mais que nos oito meses de 2021 e 35,9% de participação, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 863 milhões, 8,4% a mais que janeiro a agosto de 2021 e 16,2% de participação. Na sequência aparece o México, que absorveu US$ 490,5 milhões, um resultado 5,3% superior que no mesmo período do ano passado, ficando com 9,2% do total. A Alemanha, que chegou a 7,1% de participação, com US$ 377,1 milhões, registrou aumento de 23,3% sobre o mesmo pero mesmo período de 2021.

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