Vendas de caminhões mantêm-se estáveis em janeiro de 2022

Em comparação com janeiro do ano passado houve crescimento de 15,5%, totalizando 8.705 veículos emplacados, e o segmento de pesados representou quase 50% do total vendido no país

Aindústria de caminhões vendeu 8.705 veículos em janeiro de 2022, registrando queda de 26,8% em relação a dezembro de 2021, cujas vendas atingiram 11.887 unidades. Mas em comparação aos 7.537 veículos comercializados em janeiro de 2021 houve crescimento de 15,5%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, comentou que no setor de caminhões não é possível fazer análises mensais porque há sempre lotes de veículos vendidos para uma operação. “Portanto, é bom acompanhar a movimentação ao longo de três a quatro meses”, disse Bonini e acrescentou: “o setor se mantém estável, com os caminhões pesados representando quase 50% do total vendido no país.” Em janeiro de 2019 foram vendidos 7.000 veículos, em 2020 foram 7.300 e em 2021 foram 7.537.

Com relação aos veículos pesados (caminhões e ônibus) equipados com as novas tecnologias de propulsão – elétricos e a gás –, a quantidade de modelos licenciados em janeiro deste ano alcançou o total de todo o ano de 2019. “É um crescimento bem significativo no primeiro mês deste ano”, comentou Bonini. Em janeiro de 2022 foram vendidos 77 veículos com novas tecnologias de propulsão – 63 elétricos e 14 a gás – e em 2019 o total foi de 76 veículos – 66 elétricos e dez a gás.

Ranking-

No ranking do setor, a Volkswagen Caminhões e Ônibus ficou com a liderança, com 2.345 caminhões vendidos em janeiro deste ano, 32,4% abaixo de dezembro de 2021 (3.469 unidades) e 21,1% superior a janeiro do ano passado (1.936), e o segundo lugar ficou com a Mercedes-Benz, que teve 2.083 veículos comercializados no país, queda de 22,5% sobre dezembro de 2021 (2.687 unidades) e 17,5% sobre janeiro do ano passado (2.525 unidades)

A Volvo ocupou a terceira posição com 1.726 veículos vendidos em janeiro deste ano, 19,1% abaixo de dezembro de 2021 (2.133 unidades) e 69,9% a mais do que em janeiro do ano passado, que teve 1.016 veículos vendidos no país, e a Iveco ficou em quarto com 848 veículos, 13,4% a menos que em dezembro de 2021 (979 unidades) e 52,2% acima de janeiro do ano passado (557 unidades).

A Scania, quinta colocada, vendeu 683 caminhões, 59,2% abaixo de dezembro de 2021 (1.676 unidades) e 12% acima de janeiro do ano passado (610 unidades), e a DAF, em sexto lugar, comercializou 528 caminhões, 4,7% abaixo de dezembro de 2021 (554 unidades) e 69,8% a mais que em janeiro do ano passado (311 unidades).

Produção-

Com 9.463 veículos, a produção de caminhões teve uma redução de 23,7% em janeiro deste ano quando comparada a dezembro de 2021, que fabricou 12.395 veículos. Comparada a janeiro de 2021 (8.805 veículos), o aumento foi de 7,5%.

Bonini considerou normal a redução no número de caminhões produzidos devido às férias coletivas que ocorrem no setor durante o mês de janeiro. “Algumas montadoras esticaram o período de férias no mês passado, mas o aumento na produção vem ocorrendo desde 2019, que teve 6.800 veículos produzidos, 7.200 em 2020 e 8.800 em 2021”, destacou.

Do total de caminhões produzidos em janeiro, 3.804 veículos são de modelos pesados, 3.035 semipesados, 2.144 leves, 335 médios e 145 semileves. “A Anfavea está acompanhando os fornecedores e sistemistas e ainda vamos ter desafios neste ano, na cadeia de abastecimento e na logística. A nossa previsão já considera um impacto na oferta por conta ainda de alguma restrição no fornecimento de semicondutores, pneus e outros itens que afeta o setor, mas esperamos ter um impacto menor do que foi em 2021 e que gradativamente o fornecimento de componentes seja normalizado e a estabilidade seja breve”, disse Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.

Exportações-

As exportações tiveram retração de 39% em janeiro em relação a dezembro de 2021, com o embarque de 1.181 caminhões – 487 pesados, 322 semipesados, 300 leves, 57 semileves e 15 médios. Em comparação com janeiro do ano passado, que teve 1.370 veículos embarcados a queda foi de 13,8%, segundo a Anfavea.

Em CKD (veículos desmontados) as montadoras exportaram 194 caminhões no primeiro mês deste ano, o que representou crescimento de 33,8% sobre os 145 veículos vendidos em janeiro de 2021 no mercado internacional.

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