Os desafios para controlar a operação de transporte

Além de modernas ferramentas para ajudar as empresas a serem mais eficientes, é preciso investir em tecnologia para transformar os negócios A importância do sistema de gestão para a eficiência no negócio foi o tema abordado pela Praxio, Senior e Mobs2 durante o Fórum de Gestão e Conectividade de Frotas, realizado em São Paulo. A […]

Além de modernas ferramentas para ajudar as empresas a serem mais eficientes, é preciso investir em tecnologia para transformar os negócios

A importância do sistema de gestão para a eficiência no negócio foi o tema abordado pela Praxio, Senior e Mobs2 durante o Fórum de Gestão e Conectividade de Frotas, realizado em São Paulo.

A Mobs2, que nasceu das necessidades próprias dos seus sócios, proprietários de empresas de transportes urbanos, é um exemplo de como as modernas ferramentas de gestão podem ajudar as empresas a serem mais eficientes. “Eu vim do mundo de ônibus, nasci em uma família que tem empresa de transporte público, e vivendo neste meio comecei a ver as mudanças que estavam acontecendo no setor e a necessidade de controlar cada vez mais frota de veículos”, afirma Rebeca Leite, proprietária da empresa.

A empresária comenta que, diante de um cenário em constantes mudanças, com regulamentações cada vez mais fortes no setor de transporte de passageiros e a acirrada concorrência estimulada pela tecnologia, foi preciso se reinventar para garantir o controle de suas frotas. “Foi dentro de casa que começamos a criar tecnologias, ferramentas de controle para a frota e assim nasceu a Mobs2.”

Hoje a Mobs2 tem mais de 15 anos de expertise em tecnologia para transporte. Além do Brasil, presta atendimento na África e na Europa e tem um centro de tecnologias e desenvolvimento em São Paulo, Luanda (Angola), Lisboa (Portugal) e Mumbai (Índia), um dos maiores polos tecnológicos do mundo.

“Não podíamos fazer a mesma coisa, pois já temos ferramentas que se propõem a dar soluções incríveis para as frotas.

Eu precisava buscar resultado, porque comecei a fazer para a minha empresa e tinha que funcionar. Foi desta forma que a Mobs2 se qualificou para seguir buscando o aumento da eficiência operacional e a redução de custo”, afirma Rebeca.

O trabalho começou há muitos anos com a telemetria. “Mas percebemos que somente a telemetria não funcionava. Não podia colocar um equipamento dentro do carro e deixar lá porque tinha um milhão de coisas a serem feitas para gerir uma operação extremamente complexa e vi que o mais importante era o acompanhamento das informações e o tratamento para que elas virassem inteligência”, conta a executiva.

“Era preciso transformar os dados captados nos carros em inteligência para conseguir tomar

boas decisões para as frotas.

Foi isso que a Mobs2 fez. Começamos com uma equipe analítica e com ferramentas que conseguissem pensar sozinhas.

Usamos a inovação tecnológica, como o programa do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e o Machine Learning para conseguir escalonar uma ferramenta”, detalha a executiva.

Hoje a Mobs2 tem clientes que obtiveram mais de 30% de redução de custos somente em

combustível, segundo Rebeca.

“Isso fora a diminuição de 90% em avarias e a redução de hora de manutenção e de uso de

pneus. Conseguimos aumentar a eficiência das frotas e a melhorar o rendimento das empresas,

o que significa mais dinheiro no bolso do empresário.

Esse foi o grande foco da Mobs2 durante esses anos e conseguimos usar tecnologia de ponta e qualificarmos para estar hoje nestes três continentes.”

A ferramenta da Mobs2, que foi criada para uso próprio, acabou sendo desenvolvida para muitos clientes e hoje milhares de carros conta com a solução da empresa instalada.

“Foi preciso criar uma quarta forma de inteligência, porque era o que a minha empresa precisava, mas também víamos que o cliente necessitava cada vez mais para ter o controle operacional e saber onde estavam errando e em que momento estavam errando”, comenta

Rebeca.

Com essa ferramenta, a Mobs2 tem a flexibilidade de customizar para cada tipo de operação. “Cada cliente utiliza a nossa plataforma de forma diferente para conseguir melhores resultados. Procuramos estar sempre próximo deles para entender a fundo sua operação e indicar a melhor  solução e os melhores parâmetros para que ele consiga ter melhores resultados, maior eficiência na operação e redução de custos”,explica a empresária.

A Mobs2, que começou no segmento de ônibus urbano, teve que expandir seus serviços e atualmente o grande foco da empresa é o setor de transporte e logística. “Hoje não se tem espaço para errar e nem tempo. Ao contrário de antigamente, quando demorava para transformar uma ideia em realidade, hoje se existem 30 startups criando e, dessas, 25 já morreram. Amanhã, das cinco que sobreviveram, há três razoavelmente boas e uma ótima.

Não há tempo para querer fazer tudo. E quem faz tudo, não faz nada. A gente precisa ser muito melhor em alguma coisa que se propõe a fazer”, observa a empresária.

A proprietária da Mobs2 considera as integrações importantes.

“Com a união de forças, no final do dia todos ganham, especialmente o cliente, que passa a ter uma plataforma mais completa, com as informações que ele precisa para tomar decisão”,afirma Rebeca.

SENIOR

Anderson Benetti, gerente de produto logística da Senior, afirma que hoje há muitos desafios para fazer a gestão na operação de transporte, seja o embarcador ou o transportador. “É preciso auxiliar o serviço, conseguir alocar os melhores veículos para fazer a entrega no tempo adequado e acertado com quem está contratando o serviço.

Além disso, não basta planejar o transporte, pois o mesmo é diretamente afetado por operações de armazenagem, já que dependem de carregamentos e descarregamentos ordenados no tempo. É preciso monitorar e ter previsibilidade sobre a operação para saber se o produto será entregue dentro do prazo. Então previsibilidade e atuação em tempo real em operações logísticas são fundamentais para o sucesso dos negócios e das empresas.”

Hoje aproximadamente 50% das vendas diretas do e-commerce passam pelos sistemas de logística da Senior, segundo Benetti. “Seja a logística de armazenagem ou empresa de transporte que utilizam os nossos softwares também”, diz o executivo.

A Senior utiliza três pilares que sustentam parte da inteligência e dão visibilidade para as operações de transporte. A estrutura de planejamento de rotas e viagens (abrangendo gestão da carteira de entregas e coletas e definição automática das rotas e viagens de distribuição e lotação, considerando as regras, exigências e prioridades), a torre de controle (incluindo rastreamento de veículos, cerca eletrônica, monitoramento do progresso de rotas e  viagens, alertas de eventos aos participantes e apontamento de ocorrências) e gestão de pátio e agendamentos (como gestão completa de agendas para cargas e descargas e gestão de movimentação interna de veículos).

Segundo Benetti, a mudança nos negócios passa pela alteração no sistema das empresas.

“Hoje há um desafio das grandes empresas de transformar o seu negócio para serem mais competitivas com as novatas, que chegam com sistemas mais digitais. As tradicionais estão correndo para fazer a mudança interna e serem competitivas ou estarem conseguindo competir de forma igualitária.”

Neste momento de mudança a tecnologia acaba sendo um meio para ajudar a transformar os negócios, segundo Benetti. “É evidente que a transformação de negócios está acontecendo e é inevitável que a mudança passe por pessoa.”

A Senior é hoje a segunda maior fornecedora de software de gestão no país, de acordo com a empresa. Além de solução para logística, atua na gestão de pessoas – o qual processa mais de 19 milhões de folha de pagamento por mês –, em segurança e gestão empresarial (ERP). Na logística tem clientes como a Luft, Tegma, Magazine Luiza, Brands e mais de 200 transportadores ativos.

O executivo da Senior lembra que, com a chegada da plataforma 4G no Brasil, houve uma ampliação de acesso à internet, o que fez com que 230 milhões de brasileiros que usam dispositivo smartfone tivessem acesso à internet.

“Hoje somos o quarto país com o maior número de dispositivos móveis e o quinto maior do mundo onde as pessoas têm acesso à internet. Isso significa que as pessoas estão mais conectadas e muito mais ativas e influenciando muito mais as tomadas de decisões no mundo, da compra de um produto e de um serviço. Isso é muito forte no e-commerce, mas acaba se estendendo também para a indústria, para o atacadista e para os distribuidores.”

Benetti comenta que quando fala em maior acesso à internet, inclui uma cadeia de valor de logística, que vai desde o fornecimento até o consumidor final. “Existe uma camada de soluções que sustentam esses negócios e levam mais inteligência e maior produtividade para que esses segmentos consigam melhores resultados e naturalmente melhor nível de serviços para o consumidor.”

PRAXIO

Para Clodoaldo Grandi, gerente comercial da Praxio, não existe tecnologia sem ter o pessoal envolvido, engajado no uso da solução. “Partimos do princípio de que o processo é importante, a tecnologia apoiando esses processos, e há também a condição de a tecnologia trazer a informação para a tomada de decisão”, diz Grandi. “Sabemos que existe rotatividade de funcionários e isso é uma dificuldade, porque o profissional tem que estar sempre atuante e treinado no uso das ferramentas e das soluções.”

A Praxio está há mais de 30 anos neste mercado desenvolvendo projetos para o setor de transporte de passageiros e o segmento de transporte de carga. As soluções da empresa são usadas por mais de 40 mil usuários e administram mais de 200 mil veículos.

“Temos um conjunto de soluções que abrangem manutenção, controle de abastecimento, pneus, estoque e compra. Tudo de forma integrada para que se consiga controlar todas essas variáveis e, com isso, procurar reduzir o custo operacional e melhorar a rentabilidade das empresas”, afirma Grandi.

O objetivo da Praxio, segundo Grandi, é oferecer as melhores práticas de mercado. “Quando começa a parametrizar, a brigar por processos e sistemas, vai conseguindo evoluir e melhorar resultados e, à medida que começa a melhorar os resultados, vai aplicando novas tecnologias, porque tem que ter uma base de informação sustentável, consistente. É uma busca contínua por resultados.”

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