Indústria de implementos segue em recuperação

Com pedidos em carteira para o primeiro trimestre de 2018, as fabricantes estão revertendo férias coletivas, investindo no complexo industrial e retomando as linhas de produção   A indústria de implementos rodoviários segue a tendência positiva da atividade econômica do Brasil e acumula de janeiro a novembro a venda de 22.454 reboques e semirreboques, um crescimento de […]

Com pedidos em carteira para o primeiro trimestre de 2018, as fabricantes estão revertendo férias coletivas, investindo no complexo industrial e retomando as linhas de produção

 

A indústria de implementos rodoviários segue a tendência positiva da atividade econômica do Brasil e acumula de janeiro a novembro a venda de 22.454 reboques e semirreboques, um crescimento de 4,48% sobre as 21.492 unidades comercializadas no mesmo período de 2016, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). “O segmento está completando sua recuperação e deverá seguir em rota ascendente daqui para diante”, disse Alcides Braga, presidente da Anfir.

Braga afirmou que as empresas estão experimentando algo como uma guinada nos negócios. “Começaram o ano com queda de 35%, conseguiram inverter e estão crescendo, seguindo a trajetória positiva de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do país, o que reflete o peso desse modal na economia brasileira”, disse o presidente da Anfir.

No mercado de carroceria sobre chassis a retração de 11,2% nas vendas nos 11 meses do ano, com a entrega de 31.314 produtos, ante 35.263 unidades comercializadas no mesmo período de 2016, segundo Braga, é reflexo do retardamento no crescimento do PIB econômico das cidades brasileiras. “Mas temos um espaço importante, pois o segmento leve costuma ter um avanço no final do ano por causa da grande movimentação de produtos nos centros urbanos”, observou Braga.

Incluindo os dois segmentos a indústria de implementos contabiliza até o final de novembro uma queda de 5,26%, com venda de 53.768 implementos rodoviários no mercado brasileiro, ante 56.755 unidades entregues no mesmo período de 2016.

Ao mercado externo as vendas de implementos recuaram 9,61% no acumulado de janeiro a novembro, com a exportação de 2.897 unidades, ante 3.205 unidades embarcadas no mesmo período de 2016.

“O setor começou o ano mal e depois melhorou. Agora temos alguns motivos para estar otimista em relação ao próximo ano. Tivemos a melhor Fenatran da história o que nos ensina a ver como é o Brasil, onde a gente tem que ser resiliente, flexível, otimista e conservador, tudo ao mesmo tempo. Foi uma feira que nos proporcionou algo muito importante, depois de padecer nos últimos dois anos com a forte retração dos negócios no país”, destacou Braga.

A boa notícia, segundo o presidente da Anfir, é que as empresas já têm pedidos em carteira para o primeiro trimestre de 2018, com algumas linhas já embarcando para abril. “As fábricas estão até falando em aumento de produção e na volta de ocupação de espaço”, disse Braga.

Quem superou a crise está mais forte, resistente e ciente do time da economia. Trabalham com menos oxigênio, estão mais vivas. “Contra todos os prognósticos do começo do ano e da fase ruim do final de 2016, podemos comemorar o exercício que termina com alto astral e positividade. Os empregos estão voltando e a expectativa é que o setor cresça novamente”, destacou o presidente da Anfir.

“Devido ao abrupto volume de pedidos fechados para o próximo ano, as fabricantes estão revertendo férias coletivas e investindo no complexo industrial, com várias fábricas retomando as suas linhas de produção”, relatou Braga.

“Depois da perda de 30 mil vagas nos últimos dois anos o setor começa a ter uma retomada consistente e devemos recuperar o emprego de maneira muito forte”.

Braga destacou que o setor está experimentando uma mudança muito rápida. “Estamos falando de 24 mil semirreboques este ano, num horizonte de 35 mil a 40 mil que é o nosso histórico. Então a velocidade de voltar ao patamar que o setor já experimentou é que vai determinar qual será a rapidez para retomar as contratações”.

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