Os terminais não podem parar

Mesmo com a crise econômica, os portos brasileiros não podem parar. Importantes polos de escoamento e entrada de mercadorias e commodities, nossos terminais portuários recebem investimentos em obras e inovações tecnológicas para aprimorar seus serviços e aumentar sua capacidade de movimentação de cargas. O setor portuário brasileiro recebeu autorizações de investimentos que somam R$ 7,93 bilhões. […]

Mesmo com a crise econômica, os portos brasileiros não podem parar. Importantes polos de escoamento e entrada de mercadorias e commodities, nossos terminais portuários recebem investimentos em obras e inovações tecnológicas para aprimorar seus serviços e aumentar sua capacidade de movimentação de cargas. O setor portuário brasileiro recebeu autorizações de investimentos que somam R$ 7,93 bilhões. O número se refere a ações aprovadas pela Secretaria de Portos, contado a partir de outubro de 2015. O total autorizado corresponde a 15% dos R$ 51,28 bilhões previstos para esse segmento logístico até 2042.

De acordo com o Plano Nacional de Logística Portuária 2015-2018, o volume de recursos a ser usado em novas construções, obras de reparo e para compras e manutenção de equipamentos fará frente ao crescimento de 92% na demanda por serviços em portos marítimos nos próximos anos. Dessa forma, serão aplicados R$ 16,24 bilhões em licitações para arrendamentos de áreas para terminais; R$ 19,67 bilhões em novos terminais de uso privado (TUPs); R$ 11,11 bilhões em renovações de contratos e R$ 4,26 bilhões em obras de dragagem. A estimativa é que 92% (R$ 47 bilhões) sejam investidos por empresas privadas, cabendo ao setor público R$ 4,26 bilhões.

As regiões Norte e Nordeste têm merecido atenção especial dos investidores, com aportes públicos e privados. As exportações de soja e milho pelos portos do Arco Norte – Itacoatiara (AM), Santarém e Vila do Conde (PA), Itaqui (MA) e Salvador (BA) – aumentaram de 13 milhões de toneladas para 20 milhões de toneladas no acumulado de 2015, em comparação com 2014. Esse resultado representa um incremento de 54% no volume de escoamento de grãos pelos portos da região, de acordo com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A tendência é que esse volume aumente ainda mais, especialmente com a entrada em operação de novos terminais portuários, principal objetivo dos leilões de arrendamento de seis áreas, todas no Pará, que aconteceram em março. Das seis áreas que estão sendo licitadas, cinco são para movimentação e armazenamento de grãos e uma para transportar fertilizantes, insumo importante do agronegócio. Dessa forma, o Arco Norte pode se consolidar como principal rota de escoamento de grãos produzidos no Centro-Oeste brasileiro. Há cinco anos, o Arco Norte escoava 8% do total soja e milho destinado ao mercado internacional. Hoje, já alcança 20% dos embarques totais do país, de acordo com informações do ministério.

O porto do Itaqui, em São Luís (MA), alcançou a quinta colocação entre os portos públicos do país, e a primeira do Norte e Nordeste em termos de movimentação de carga, segundo dados da Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário). Em fevereiro do ano passado, foi concluída a dragagem de aprofundamento e ampliação do canal de acesso do porto, o que proporcionou mais produtividade e segurança para navios de grande porte (investimento próprio). Além disso, o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) iniciou as suas operações no porto do Itaqui em março daquele ano garantindo uma expansão do escoamento de grãos da região do Matopiba (fronteira agrícola dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e do nordeste do Mato Grosso pelo corredor norte do país.

Leia a matéria completa do Anuário de Carga 2016 no  Acervo Digital OTM

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