Tecnologia apoia crescimento do porto do Itaqui

A transformação digital trouxe mais agilidade operacional ao porto de Itaqui, sendo fundamental para o crescimento de 153% do lucro líquido em cinco anos

O porto do Itaqui, administrado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) iniciou sua transformação digital em 2017 com a implantação da plataforma Inteligente de logística, desenvolvida pela Athenas Logistics. De 2016 para 2021, o porto registrou uma expansão de 153% no lucro líquido, com ajuda da nova tecnologia.

“Em um ambiente altamente complexo, como um porto ou terminal, a transformação digital precisa estar embasada em soluções com resultados de mercado comprovados. Apenas softwares isolados ou boas práticas não são suficientes, pois é preciso investir em planejamento, definir como integrar cada uma das diversas áreas envolvidas e, principalmente, entregar resultados mensuráveis. A plataforma inteligente de logística é um produto de automação e, por isso, oferece desde algoritmos avançados para otimização operacional, uma gestão integrada e uma geração maciça de dados estratégicos até a base sobre a qual o cliente ou outros fornecedores podem criar extensões para o próprio produto”, explica Rogério Magela, CEO da Athenas.

 De acordo com a Athenas, com a adoção da plataforma inteligente de logística pelo porto do Itaqui, todas as ações operacionais e de gestão foram centralizadas na plataforma, o que permitiu uma verdadeira transformação digital que gerou agilidade, redução de custos e de consumo de recursos, ampliação de receitas e margens e mitigação de riscos, inclusive de fraudes e ilicitudes. Além do alto retorno sobre investimento (ROI), esta tecnologia apoia vigorosamente a agenda ESG à medida que os ganhos ambientais, sociais e de governança corporativa são mantidos ao longo do tempo.

 Na prática, os controles que eram feitos em formulários físicos e planilhas de excel, migraram para a plataforma de logística. Mais de 70 equipamentos, como câmeras OCR, leitores biométricos, cancelas, balanças, scanners foram integrados ao software por dispositivos com Internet das Coisas (IoT), automatizando processos. Os diversos sistemas satélites, como ERP, SIM+, PowerBI, entre outros, além dos multimodais, também foram conectados à plataforma, o que permitiu controlar a gestão e todas as operações ferroviárias, dutoviárias, por esteiras, além da aquaviária e rodoviária, de forma integrada.

 Os resultados diretos gerados pela tecnologia abrangem diversos indicadores, como queda do prazo de faturamento das operações portuárias, que ocorria até 15 dias do mês subsequente e hoje é no 2° dia útil do mês; redução do tempo de análise documental de 48 horas para as atuais quatro horas; diminuição de 61% do consumo de papel; menor trânsito de pessoas para carimbar documentos; padronização e unificação de registros; fornecimento de dados em tempo real para a Emap e para a comunidade portuária, que conta com 409 usuários internos e 552 usuários externos em mais de 156 empresas ativas; controle operacional unificado, com acesso de usuários externos;

 Na Emap, a plataforma inteligente de logística conta atualmente com 30 plugins criados de forma personalizada. A tecnologia também facilitou o cumprimento de todas as demandas governamentais, atendendo à Receita Federal e à Antaq, entre outros órgãos. O nível de controle alcançado pela Emap com a plataforma foi um dos pontos chaves para o alfandegamento do porto e tornou o Itaqui uma referência entre os portos brasileiros, além de um case internacional do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

 “A Emap vem batendo recordes históricos, nos últimos cinco anos, e ainda patenteou suas próprias ferramentas e plugins construídos acima da plataforma , que fornecem toda uma sorte de indicadores estratégicos e dashboard. É um exemplo com resultados concretos nas áreas estratégicas, como ESG, ganho operacional, aumento de receita, diminuição de custo entre outras, que traz segurança a outros portos e terminais no momento de aplicar recursos financeiros para uma transformação digital profunda”, afirma Rogério Magela.

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