Inovação

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 290 milhões para que a Adata Integration Brazil passe a produzir no país três novos semicondutores para serem usados em notebooks, desktops, servidores, televisores, automóveis e celulares. O financiamento do Programa BNDES Mais Inovação permitirá à Adata a aquisição de equipamentos importados, sem similar nacional, e o desenvolvimento de novos processos produtivos que vão ampliar a inserção da empresa na cadeia produtiva nacional de semicondutores.

“Os investimentos vão fortalecer a base de tecnologia e contribuirão para tornar o país menos dependente de importações, o que é crucial para a segurança e a soberania tecnológica”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “O apoio está alinhado com os objetivos da Nova Indústria Brasil, política do governo Lula que tem como um dos seus objetivos reduzir a dependência produtiva e tecnológica em produtos nano e microeletrônicos e em semicondutores. O BNDES vai fortalecer a cadeia industrial das tecnologias da informação e da comunicação”, destaca.

O financiamento vai contribuir com o objetivo de expansão do portfólio de produtos da Adata, introduzindo soluções para atender às novas demandas do mercado, utilizando as mais recentes tecnologias a nível mundial que entregam melhor performance e maior velocidade de processamento. O valor total do investimento é de R$ 374 milhões.

Serão produzidos três novos circuitos integrados de memória (semicondutores): o DDR5, que permite velocidade recorde, de até 8.400Mbs, otimizando o processamento de dados e diminuindo em 20% o consumo de energia; o LPDDR5, com altíssima eficiência energética e dimensões reduzidas, especialmente direcionados para uso em notebooks e telefones celulares; e o uMCP, memória multichip que fornece grande desempenho e economia de energia em um espaço pequeno, sendo utilizada especialmente em smartphones e viabilizando a tecnologia 5G nesses dispositivos.

“Em nome do grupo Adata, reitero a importância da parceria com BNDES, suportando a inovação e estimulando o crescimento do setor de semicondutor no Brasil. Ressalto também que o semicondutor é hoje estratégico para todos os países, sendo fator de vantagem competitiva e até de subsistência em um futuro breve”, afirma Paulo Jr., presidente da Adata.

A Clarios, especializada em soluções avançadas de baterias de baixa voltagem, e a Altris, pioneira em tecnologia sustentável de baterias de íons de sódio, anunciaram a criação de uma parceria inovadora com o objetivo de desenvolver baterias de íons de sódio de baixa voltagem para o setor automotivo. 

Todos os veículos, inclusive os híbridos e elétricos, precisam de uma fonte de energia de baixa tensão para alimentar sistemas e funções essenciais. À medida que os veículos híbridos e elétricos continuam a evoluir, a rede de baixa tensão está sendo solicitada a dar suporte a um número cada vez maior de funções baseadas em software, como steer-by-wire, break-by-wire, funções autônomas e experiências aprimoradas na cabine.

Essa transformação está levando os fabricantes de automóveis a explorar soluções com várias baterias que incluem baterias de íon-lítio, baterias de chumbo-ácido AGM (Absorbent Gass Mat) e outras químicas para alguns dos veículos mais icônicos do mundo. Embora as baterias de chumbo-ácido representem o melhor exemplo de economia circular do mundo, e os produtos à base de lítio continuem a evoluir, a abordagem circular e agnóstica da química Clarios tornou-se de importância estratégica. 

As baterias de íons de sódio (Na-ion) são inerentemente sustentáveis e fáceis de reciclar, feitas de sal, madeira, ferro e ar. Os materiais usados para produzir células de íons de sódio são abundantes e estão disponíveis, livres de minerais de conflito e elementos tóxicos. O novo programa de colaboração conjunta tem como objetivo desenvolver uma bateria de íons de Na com potencial de até 60 volts para dar suporte a aplicações automotivas em veículos novos e para substituições no mercado de reposição, que também pode complementar uma configuração de sistema de baixa tensão com várias baterias. 

“A Clarios tem ampla experiência em sistemas de baixa tensão no setor automotivo e desempenhará um papel de liderança na definição e otimização das especificações das células de íons de sódio”, disse Federico Morales Zimmermann, vice-presidente e gerente geral de clientes globais, produtos e engenharia da Clarios. 

A Altris, líder em material de cátodo de íons de sódio e tecnologia de células de bateria, se concentrará no desenvolvimento de células de íons de sódio especificamente adaptadas às necessidades do mercado de baterias automotivas de baixa tensão. 

“A Altris quer trazer ao mundo baterias de íons de sódio melhores, mais seguras e verdadeiramente sustentáveis. Estamos continuamente investigando novas aplicações em que nossa tecnologia pode causar um impacto significativo em grande escala. Por isso, estamos muito animados com a parceria com a Clarios, que compartilha nosso forte foco em ESG, para desenvolver células de baixa voltagem para o setor automotivo. Com essa parceria, podemos ter acesso a cada três veículos dirigidos globalmente e acelerar a transição verde”, disse Björn Mårlid, CEO da Altris.

A meta de longo prazo é desenvolver um plano de produção detalhado para sistemas de baterias de baixa tensão usando essas células de íons de Na. As empresas acreditam que a produção em massa de baterias de íons de Na representaria um importante avanço na tecnologia de baterias automotivas e uma etapa importante no apoio às metas de circularidade do setor automotivo. As empresas concordaram em não divulgar detalhes financeiros do acordo de desenvolvimento.

Às vésperas de completar 40 anos – em junho de 2024 –, a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) reuniu a imprensa especializada de São Paulo e região para expor os trabalhos desenvolvidos pela entidade ao longo do ano, o primeiro do mandato bienal (2023/24) de seu presidente Marcus Vinicius Aguiar e de seu vice Everton Lopes.

A AEA, em seu encontro de final de ano com a Imprensa, lançou a Cartilha de Eletromobilidade, que tem por objetivo, de forma simples e didática, democratizar informações e conhecimento sobre os veículos eletrificados, segmento da indústria automobilística que obteve expressivos índices de crescimento no mercado brasileiro, inclusive com a chegada e futuras instalações fabris de novos players.

Além do lançamento da cartilha, a diretora de Emissões e Consumo de Leves, Raquel Mizoe, fez explanação à respeito de eficiência energética e descarbonização “Do poço à roda”, assim como o diretor de Emissões e Consumo de Pesados, Paulo Jorge Antonio, falou sobre o impacto Proconve P8 nos motores e sistemas de pós-tratamento dos veículos pesados.

Na sequência, Mauricio Lavoratti, diretor de Fora de Estrada e Geradores, falou sobre a retomada dos estudos de máquinas e de equipamentos desse segmento. O diretor de Manufatura, Carlos Sakuramoto, apresentou os resultados parciais dos estudos que envolvem a descarbonização da produção, processo que contempla os conceitos de “Berço ao portão” e “Descarte ao túmulo e ao berço”.

Em tendências tecnológicas do setor automotivo brasileiro, Murilo Ortolan, diretor dessa área, expôs as principais tecnologias de descarbonização de veículos leves e pesados, além de considerar sobre o futuro das tecnologias de segurança veicular. O professor Marcelo Massarani, diretor de Academia, finalizou a sessão de apresentações com um alerta relevante sobre o profissional do futuro do setor automotivo: engenheiro sim, mas com capacidade de lidar com as mutações céleres e bruscas das novas tecnologias veiculares.

Embora não tenha feito apresentação, o diretor de Combustíveis da AEA, Rogério Gonçalves resgatou em seu trabalho a evolução dos combustíveis e as novas tecnologias de motores, em busca de eficiência energética e de consumo. No encerramento, Everton Lopes, vice-presidente da entidade, fez um resumo dos desafios futuros da AEA e do setor automotivo brasileiro.

A Prosegur Cash anuncia a chegada da Prosegur Crypto no Brasil, responsável pelo serviço de custódia de criptoativos. Com operação em 28 países, a Prosegur Cash inicia as atividades de sua startup no Brasil com a implementação do primeiro bunker para a custódia de ativos digitais de clientes brasileiros e da América Latina. A empresa iniciou há dois anos sua operação na gestão de criptoativo na Espanha, de onde presta serviço em toda Europa.

A implantação do criptobunker é uma resposta da Prosegur Cash às necessidades do mercado de criptoativos, que vem crescendo exponencialmente com a criação de novas moedas digitais. No Brasil, por exemplo, o Drex – projeto de moeda digital do Banco Central, promete revolucionar o cenário financeiro e comercial, e a empresa vem se preparando para atender a esta demanda. A Prosegur Cash vem acompanhando de perto as tendências globais do ecossistema blockchain.

“Estamos ampliando nossos serviços em resposta à demanda de um mercado que vem se transformando. Para entidades financeiras, com ênfase especial nos bancos, abre-se uma ampla janela de oportunidade no campo da custódia de ativos digitais e nos sentimos muito seguros em oferecer uma solução que tem como premissa a mesma excelência e know-how de nosso serviço tradicional de custódia, adaptada para o mundo digital”, afirma José Ángel Fernández Freire, diretor corporativo de inovação da Prosegur Cash e presidente executivo da Prosegur Crypto. 

Com a implantação do bunker, o Brasil espera deter 50% da operação global da Prosegur Crypto. Assim como em outros países, que vem crescendo na área institucional impulsionados pelo estabelecimento dos marcos regulatórios, a empresa se prepara para atender o setor financeiro brasileiro, adaptando-se à regulamentação do país e proporcionando um ambiente sólido de segurança para as instituições interessadas em oferecer serviços de custódia de criptoativos a seus clientes. “Adotaremos no Brasil um sistema de segurança e custódia completos que reúne infraestrutura, instalação, tecnologias e protocolos de ponta para minimizar todas as áreas de risco identificadas na cadeia de custódia de ativos digitais. Sabemos que a confiança e a segurança se tornam um recurso valioso no setor de criptomoedas”, completa Fernandez.

Como funciona a gestão de ativos digitais no bunker

O armazenamento das moedas digitais será realizado integralmente em carteira fria, ou seja, as chaves privadas dos clientes serão armazenadas de forma offline, sem qualquer conexão com a internet. São mais de 100 medidas de proteção em seis camadas integradas de segurança na cadeia de custódia dos ativos digitais. O espaço dedicado terá acesso limitado a pessoas autorizadas e será instalado na capital paulistana, seguindo os rígidos critérios de segurança da Prosegur. 

Os criptoativos serão assegurados dentro de uma maleta, com camada de segurança própria da Prosegur Crypto, o que impede o acesso não autorizado. O bunker será monitorado 24 horas por dia, sete dias por semana por duas centrais de segurança que funcionam de forma redundante, e sob qualquer imprevisto como tentativa de invasão, vários dispositivos de segurança serão acionados, inclusive um gerador de neblina densa, que em apenas 30 segundos torna todo o espaço inacessível, sem campo de visão a um palmo de distância. Uma vez aprovado pelos órgãos reguladores, a companhia espera que o bunker inicie sua operação completa no Brasil em dezembro de 2023.

Para saber mais, assista ao vídeo.

O Centro Tecnológico Randon (CTR) está recebendo cerca de R$ 16 milhões em investimentos para estrutura de testes em segurança ativa, passiva e de durabilidade. O novo ciclo contempla soluções para testes de Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor, conhecidos pela sigla em inglês ADAS (Advanced Driver Assistance Systems).

O centro também ganha mais um laboratório para testes de segurança passiva, testes de ancoragem e fixação dos cintos de segurança, isofix, impacto e resistência de encostos e bancos, além de realizar ensaios de avaliação e proteção aos pedestres. Segundo a Randon, os recursos deste laboratório estão alinhados com as futuras exigências da legislação brasileira que logo entrarão em vigor. 

Ambientes para testes de durabilidade acelerada em laboratório também estão recebendo investimentos. A base sísmica do laboratório estrutural foi ampliada em 60% e estão em aquisição novos atuadores, que permitirão a realização de ensaios de durabilidade acelerada multiaxial. Com a utilização de diversos atuadores hidráulicos simultaneamente, será possível simular, de forma ainda mais fiel, as condições reais de utilização dos veículos e seus componentes.

“São investimentos que nos possibilitam a realização de um conjunto ainda maior de ensaios, incluindo avaliação em veículos completos. A nova estrutura trará maior agilidade no desenvolvimento e validação de novos produtos, com sensível redução de prazos e custos”, destaca o diretor-superintendente de tecnologia avançada da Randoncorp e executivo responsável pelo Centro Tecnológico Randon, César Augusto Ferreira.

O CTR está preparado para receber todos os tipos de veículos e componentes – motos, automóveis de passeio, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas – em suas instalações. O complexo conta com 15 quilômetros de campo de provas, mais de 20 tipos de pistas e um prédio de 2.200 m² com laboratórios, escritórios de engenharia e administração.

A Huawei, empresa global de infraestrutura para Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e dispositivos inteligentes, apresentou suas soluções focadas em infraestrutura de conectividade para as rodovias no evento “Rodovias do Futuro”, da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), realizado em São Paulo.

O sistema de monitoramento inteligente de tráfego (ITS), de comunicação sem fio entre veículos usando o 5G (V2X) e de gerenciamento inteligente de energia (EMS) são algumas das principais soluções apresentadas. “O nosso principal foco é a conectividade para as rodovias e, dentro desse segmento, temos algumas soluções inovadoras como o videomonitoramento com inteligência artificial, o processamento de nuvem que conseguimos entregar para o mercado uma gama de produtos que aumenta a segurança, fluidez, a operação por parte das concessionárias e a acessibilidade do usuário nas rodovias”, explica Eduardo Marques, diretor da Huawei Enterprise Brasil.

Segundo Marques, a companhia atua fornecendo equipamentos para possibilitar a conectividade nas rodovias tanto com fio como sem fio, como wireless, que usa as tecnologias LTE, 5G e WiFi 6, nas quais a multinacional é líder na atuação desses recursos. A Huawei já forneceu seus equipamentos para a instalação de cerca de dois mil km de rodovias conectadas no Brasil. A necessidade da expansão da conexão no setor foi motivada principalmente pela segurança – tanto do usuário quanto da operação. “Com conexão em toda a extensão da via, o usuário não fica na dependência do telefone disponibilizado quilômetro a quilômetro para pedir um socorro, por exemplo. E hoje a conectividade também é uma norma para atender a novas concessões. Trabalhamos com o WiFi 5, um dos primeiros projetos que chegou no segmento, e recentemente chegou a integração da conectividade por meio do 5G”, conta Marques.

Outra inovação da Huawei é a tecnologia Smart Traffic, baseada em câmeras com inteligência artificial que detectam alguns eventos na via e auxiliam na fluidez da rodovia, bem como na segurança dos usuários. Esse é o tipo de tecnologia que pode ser integrada a outras soluções já desenvolvidas pela companhia, a fim de entregar um melhor monitoramento da via para a concessionária, fornecendo dados como gestão de fluxo e gerando melhorias para a questão operacional, como suporte para atendimento e socorro. E também garante a interação direta com o usuário final para informar os melhores horários e trechos das rodovias para o tráfego, apresentando um mapa interativo. “A interação do usuário com a rodovia ou a concessionária pode trazer diversos benefícios para ambos os lados. Para o lado da concessão, além de segurança, traz a possibilidade de monetizar a infraestrutura. A partir do momento em que há conexão, é possível prover acesso em toda a rodovia, portas da conexão, postos, locais de paradas”, avalia o diretor.

A Huawei também investe em algumas tecnologias que ainda devem se consolidar. Um exemplo é a solução Free Flow, que é uma tendência no mercado, na qual alguns produtos podem ser customizados para atender o segmento de infraestrutura e conectividade em rodovias. A companhia tem um gabinete inteligente com Edge Computing, que é o processamento descentralizado para atuar com a solução.

A Eve Air Mobility e a Embraer anunciaram a primeira fábrica para a produção das aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL) da Eve localizada na cidade de Taubaté, no interior de São Paulo. A planta industrial será situada em uma área a ser ampliada dentro da unidade existente da Embraer na cidade e está sujeita à aprovação final das autoridades.

Segundo as fabricantes, o local se beneficia de uma logística estratégica, oferecendo fácil acesso por meio de rodovias e proximidade de uma linha de vôo. Outra vantagem significativa é a localização próxima à sede da Embraer em São José dos Campos e da equipe de engenharia e recursos humanos da Eve, o que facilitará o desenvolvimento e a sustentabilidade de novos processos de produção, aumentando a agilidade e a competitividade da empresa.

“Quando começamos a procurar um local para fabricar nosso eVTOL, quisemos repensar como a aeronave poderia ser construída utilizando as mais recentes tecnologias e processos de fabricação, combinados com outros aspectos, como a cadeia de suprimentos e logística”, disse André Stein, co- CEO da Eve. “Nosso objetivo é oferecer produtos e serviços seguros ao mercado e ser altamente competitivos em eficiência de produção. A nova linha de montagem está sendo projetada para priorizar segurança, qualidade, eficiência, produtividade e sustentabilidade.”

Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer, disse que a decisão está de acordo com o plano estratégico de crescimento baseado em inovação e sustentabilidade. “Acreditamos no enorme potencial do mercado global de Mobilidade Aérea Urbana e reforçamos nosso compromisso com a Eve como uma das principais empresas desse setor.”

Em maio de 2022, a Eve anunciou uma parceria com a Porsche Consulting para definir a estratégia macro global de produção, cadeia de suprimentos e logística de seu eVTOL. Desde então, as empresas têm trabalhado juntas para pesquisar conceitos avançados de fabricação e inovação, utilizando suas expertises em aeronáutica e automobilismo para projetar um conceito de industrialização para aeronaves eVTOL baseado em padrões elevados de segurança, qualidade, eficiência e foco no cliente.

“Estamos focados em alcançar os mais altos níveis de excelência na fabricação do eVTOL por meio dos constantes aprendizados e uma abordagem inovadora. Com confiança em nossos recursos, estamos preparados para expandir de forma eficiente e sustentável o volume de produção para atender às demandas de um mercado em crescimento”, acrescentou Alice Altissimo, vice-presidente de gerenciamento de programas e operações da Eve.

A Eve continua progredindo no desenvolvimento de seu eVTOL e também está focada em criar um amplo portfólio de soluções agnósticas, incluindo um software único de gerenciamento de tráfego aéreo urbano (Urban ATM) para otimizar e expandir as operações de mobilidade aérea urbana em todo o mundo.

A Cobli recebeu uma nova rodada de investimentos de US$20 milhões, que equivale a R$100 milhões. O novo aporte é liderado pela IFC, International Finance Corporation, membro do Grupo Banco Mundial, e Fifth Wall, maior gestor de ativos focado em melhorar, preparar o futuro e descarbonizar o mundo. Além disso, participam também a Qualcomm Ventures, um dos maiores investidores em Internet das Coisas; a NXTP Ventures, pioneira em venture capital em estágio inicial na América Latina; GLP Capital Partners, líder global gestora de ativos alternativos, que já eram investidores da empresa anteriormente.  

Desde que foi fundada, em 2017, por Parker Treacy e Rodrigo Mourad, a Cobli conta com as principais tecnologias de ponta para conectar grandes frotas e operações logísticas à era digital. Sensores instalados nos veículos captam informações sobre localização, trajetos, acelerações, imagens de vídeo, frenagens e outros, enviando os dados para a plataforma e permitindo administrar, por exemplo, consumo de combustível, manutenções preventivas e até o modo de condução dos motoristas. 

Recentemente, a companhia lançou a Cobli Cam, solução que combina IoT com inteligência artificial e big data para oferecer benefícios valiosos tanto para as empresas cujo foco principal é a logística quanto para aquelas que dependem do deslocamento de seus funcionários para a prestação de serviços ou distribuição e entrega de produtos. Com essa tecnologia, é possível reduzir custos operacionais, aumentar a produtividade do time e mitigar incidentes. “Na maior empresa de telemetria nos Estados Unidos, 63% da receita de telemetria já vem das câmeras. No Brasil esse número ainda é perto de zero. A Cobli acredita que a videotelemetria é a fronteira final dos sensores, pois dão visibilidade completa e dão retorno superior para as frotas”, comenta Rodrigo Mourad, presidente e cofundador da Cobli. 

O novo investimento vai acelerar o crescimento da empresa, principalmente via evolução do produto. A Cobli tem o objetivo de explorar ainda mais todo o potencial que a AI e os dados atrelados a imagens podem entregar. “Continuaremos inovando as soluções baseadas em vídeo, integrando o veículo com toda a operação para levar nossos clientes para a vanguarda de tecnologia e de resultados. Queremos expandir funcionalidades como o reconhecimento facial ou até mesmo viabilizar inovações disruptivas como o reconhecimento de acidentes”, complementa Mourad. 

“Para os próximos três anos, o objetivo da Cobli é crescer cinco vezes. Os investidores são parceiros estratégicos para continuarmos revolucionando o mercado. A IFC, por exemplo, possui conhecimento global relevante e está disposta a fazer investimento de longo prazo que cause grandes impactos”, completa Mourad.

“Com mais de dez milhões de veículos comerciais leves no Brasil, há um grande potencial de crescimento e de eficiência de custos a serem repassados para as empresas”, diz Carlos Leiria Pinto, gerente geral da IFC no Brasil. “O investimento da IFC na Cobli ajudará a mobilizar investimentos privados nos setores brasileiros de transporte urbano e mobilidade elétrica, fundamentais para aumentar a conectividade e a produtividade, por meio de ganhos de eficiência no uso de combustível, economia nos custos de manutenção e prevenção de acidentes”, acrescenta.
 

Márcia Pinna Raspanti

A oitava edição do Frotas Conectadas será realizado nos dias 19 e 20 junho no Transamérica Expo Center, em São Paulo, em formato presencial e com inscrições gratuitas. O evento já conta com mais de três mil inscritos. Durante o encontro, os participantes poderão conhecer as mais novas tecnologias voltadas para os segmentos de transporte e logística, as tendências e as perspectivas nessa área. E ainda será uma ótima oportunidade de fortalecer networking com os profissionais e especialistas mais bem conceituados do mercado.

O objetivo do Frotas Conectadas, desde sua concepção há oito anos, é aproximar a indústria automobilística, os provedores de tecnologia e os profissionais de logística e transporte de cargas e de passageiros. Neste ano, o evento contará com um espaço de 4 mil m², proporcionando uma imersão dos profissionais de logística e transporte no mundo tecnológico.

Além da exposição das novidades e tendências das principais empresas do setor, o Frotas Conectadas 2023 terá uma programação de palestras, painéis e debates, com conteúdo especializado e muitos cases que mostram experiências concretas e viáveis, conciliando tecnologia, operação e gestão.

Confira a programação completa:

DIA 19 de Junho (segunda-feira):

9h – Cerimônia de Abertura “A Transformação das Frotas Conectadas” – Carlos Mira, Marcelo Fontana, Ricardo Altmann e Wagner Fonseca

9h30 – “Nova Infraestrutura para Abastecimento das Frotas no Futuro” – Paulo Maisonnave – Head Enel X Way Brasil Flávio Pimenta – E-Mobility Business Manager Nansen

10h30 – “Soluções em Conectividade e Serviços para Gestão do Transporte” – Renato Perrotta – Gerente Tecnologia e Operações Volkswagen Caminhões e Ônibus / RIO João Paulo Santos – Gerente de Vendas Regionais Eaton Fernando Klein – Diretor de Vendas LM Frotas

11h30 – “Novos Modelos de Negócios Revolucionando o Transporte” – José Geraldo Júnior – Diretor Comercial Grupo VAMOS Thiago Carvalho – Head Digital Mobility Services Continental VDO Carlos Eduardo Cardoso – Diretor e-City Brasil Enel X

13h – Fire Pitches @ARENA DE START UPS

13h30 – “Os Novos Desafios do Last Mile Pós Pandemia” – Alex Augusto Miranda Fontes – Gerente Sênior de Transportes Mercado Livre Melissa Nunes – Gerente Regional de Marketing Geotab

14h30 – “Como a Conectividade está Transformando a Segurança nas Estradas” – Marco Righetti – Latam Architecture and Engineering Senior Director Oracle Rodrigo Mourad – Presidente Cobli Danilo Guedes – Presidente ABC Cargas

15h30 – “Soluções Inovadoras para Gerenciamento de Frotas” – Everton Kaghofer – Diretor Comercial Roadcard José Felix – Gerente Executivo InfoCar Alexandre Simas – Supervisor Nacional de Vendas Intelbrás

16h30 – “O Momento Atual da Tecnologia Aplicada na Logística e Transportes” – na visão do Operador” – José Carlos de Souza Filho – Gerente de Inovação Tegma Adriele Camacho Arruda – Inside Sales Manager Trimble Maurício Ziemann Paguaga – Head of Business Lines Digital, Industrial & Autonomous Mobility ZF

17h30 – “O Mercado da Mobilidade em Transformação: Novos Negócios e Soluções Financeiras” – David Felix – Diretor Banco Randon e Randon Seguros na Randoncorp Fabio Leite – CEO Addiante e Randoncorp Fernando Nery Filho – Co-Founder Portão 3

DIA 20 de junho (terça-feira)

9h – “Veículos Elétricos e seu Impacto Transformador nas Frotas” – Ricardo Bastos – Presidente ABVE Felipe Valente Alva – Gerente Rio e Novos Serviços Volkswagen Caminhões e Ônibus / RIO Edgar Barassa – Founder Otsmah

10h – “A Ciência de Dados Aumentando a Performance do Transporte – Márcio Toscano – Diretor de Marketing e Comercial Autotrac Luana Dalastra – Diretora Dalastra Logística

11h – “O Papel do Concessionário de Veículos do Futuro” – Oswaldo Ramos – Chief Commercial Officer GWM Joel Beckenkamp – Presidente Assobens

12h – “Sustentabilidade (ESG) e Eficiência Energética para Frotas” – Alan Frizeiro – Gerente de Serviços Scania Hélio Matias – VP Strategic Development Ambipar Logistics Everton Lopes – Diretor de Tecnologia Mahle Rogério Pires – VP Mobility South America Voith (moderador)

13h – Fire Pitches @ARENA DE START UPS

14h – “Como a Telemetria Otimiza as Operações de Frotas Rodoviárias” – Fabio Ferreira – Business Unit Director Bosch Raphael Aguiar – Gerente Comercial Gestran Paulo Eduardo Machado – Head of Revenue Operations GoBrax

15h – “O ChatGPT (Inteligência Artificial) e o 5G Já São Realidade!” – Adriano Mussa – St. Paul Escola de Negócios Douglas Bortolozzo – Gerente Negócios e Estratégias Digitais DB e Randoncorp José Masiero – Gerente de Inovação DB e Randoncorp

16h – “O Impacto do Ecossistema de Inovação Transformando as Empresas do Setor” –  Gustavo Misturini- Corporate Capital Specialist Randon Ventures e Randoncorp Verner Heidrich – Diretor DB e Randoncorp Filipe Guimarães – Community Manager Cubo Itaú

17h – Wrap Up e Encerramento – Carlos Mira, Marcelo Fontana, Ricardo Altmann e Wagner Fonseca

A EcoRodovias está buscando startups que possam desenvolver uma ferramenta para avaliar se seus fornecedores estão alinhados com práticas de sustentabilidade. A ideia da empresa é poder contar com um sistema que meça, de forma isométrica, os seus fornecedores estratégicos que já integram a cadeia do grupo, além de novos parceiros. Somente em 2022, a EcoRodovias, uma das maiores empresas de infraestrutura rodoviária do país, pagou R$ 3,8 bilhões em compras de materiais e contratações de serviços.

O gerente de sustentabilidade da companhia, Moises Basilio, explica que todos os fornecedores e parceiros estratégicos de negócios já devem aderir ao Código de Conduta para Terceiros da EcoRodovias que prevê compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG). “O que buscamos agora é aprimorar nosso processo de avaliação, de forma justa e equânime, quanto ao grau de comprometimento com a sustentabilidade. Esse Indicador será uma referência a mais para a tomada de decisão em contratações do grupo”, comenta.

O desafio às startups foi lançado pela EcoRodovias na plataforma Cubo, hub de inovação e empreendedorismo do Itaú. A ideia é que a companhia possa contar com um sistema de fácil interação e captura de dados, que meça o quanto uma empresa adota práticas ESG com um modelo transparente de geração de notas. A metodologia deve permitir a comparação entre os fornecedores que já atendem a companhia com possíveis novos fornecedores levando em consideração os diversos escopos de contratações da companhia.

“Hoje não temos como comparar esses fornecedores que se submetem a alguma tomada de preço considerando seus comprometimentos com aspectos ESG. A ideia é que esta avaliação também estimule o engajamento de nossos parceiros na busca por práticas sustentáveis e na adoção de cada vez mais e melhores ações nesse sentido”, esclarece Moisés.

As startups interessadas devem integrar o hub do Cubo e inscrever suas soluções até o dia 21/6 pelo link: https://cubo.network/geracao-de-negocios/bd3d202a-cbf8-4fef-8836-450b1925f99c. Essa é mais uma das medidas adotas pela EcoRodovias para garantir a adesão de sua cadeia de fornecedores a práticas sustentáveis. A companhia mantém o “Programa de Engajamento da Cadeia de Fornecedores” que busca incentivar seus principais parceiros a desenvolverem aspectos ligados a saúde, segurança e meio ambiente. A iniciativa identifica fragilidades que podem ser aprimoradas e convida as empresas para uma agenda de treinamentos e ações que busca melhorar seus desempenhos. O Programa também visa fortalecer o engajamento interno da companhia, entre os gestores dos contratos, já que são eles os principais agentes para disseminar a cultura de sustentabilidade na cadeia de fornecedores.