O frete deixou de ser apenas um detalhe operacional e tornou-se o fator central na estratégia comercial de pequenos e médios varejistas para a Black Friday 2025. Segundo pesquisa realizada pela SuperFrete, plataforma que conecta empreendedores a opções de transporte e logística, 68,4% dos lojistas afirmam que o custo de envio será decisivo para o desempenho nas vendas deste ano. Outros 21,5% destacam o prazo de entrega como variável crítica. Apenas 1,9% dizem que o frete não terá impacto relevante.
O levantamento ouviu empreendedores de diferentes segmentos do e-commerce e indica um cenário de otimismo moderado, mesmo diante dos desafios logísticos. A percepção predominante é a de que uma operação de entrega eficiente pode ser o diferencial para atrair consumidores e competir com grandes varejistas.
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Estoque reforçado e confiança maior
Quase metade dos varejistas consultados (47,8%) planeja ampliar os estoques para a Black Friday, enquanto 22,5% devem manter o mesmo nível do ano passado. Setores como suplementos e decoração & casa já registram aumento expressivo no volume de produtos armazenados.
Em relação às expectativas de vendas, 36,8% dos lojistas se dizem muito mais confiantes que em 2024 e 17,7% relatam estar “um pouco mais confiantes”. Outros 22,5% esperam desempenho semelhante ao do último ano e 7,2% demonstram pessimismo. Para 15,8% dos entrevistados, esta será a primeira Black Friday como empreendedores, reforçando o movimento contínuo de renovação no comércio digital.
Para Victor Maes, CEO e fundador da SuperFrete, a logística passou por uma mudança de papel no varejo online. “O frete não é mais um detalhe: tornou-se parte central da experiência de compra e pode definir se o cliente avança ou desiste da compra”, afirma. Segundo ele, pequenos negócios têm conseguido transformar a eficiência logística em vantagem competitiva, oferecendo preços mais justos, entregas confiáveis e serviços de atendimento mais próximos.
Entre os segmentos que mais projetam aumento de vendas estão moda e acessórios (23%), beleza e cuidados pessoais (17%) e eletrônicos e acessórios (16,8%). Mercados menores, como colecionáveis e suplementos, também demonstram otimismo, embora com participação menos expressiva na amostra.
A pesquisa reforça que a Black Friday vem se consolidando como uma oportunidade crescente para pequenos e médios negócios, impulsionada por ferramentas digitais de gestão, pagamento e contratação de frete. “A data deixou de ser exclusiva dos grandes varejistas. O sucesso depende cada vez mais do planejamento e da capacidade de oferecer uma experiência completa ao consumidor”, diz Maes.
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