A Cummins Inc. anunciou o comissionamento de uma célula de teste para combustíveis de baixo carbono em Seymour, Indiana (EUA). A iniciativa faz parte do projeto desenvolvido com a Vale e a Komatsu para criar caminhões de mineração movidos a uma mistura de etanol e diesel, visando reduzir emissões de gases de efeito estufa no setor.
Apresentado em julho de 2024, o projeto adapta motores a diesel para operar com até 70% de etanol. Os caminhões, com capacidade de 230 a 290 toneladas, serão os primeiros de grande porte no setor a usar esse biocombustível, com potencial de corte de até 70% nas emissões de CO₂.
“O sistema bicombustível mantém desempenho e produtividade, reduzindo CO₂, óxidos de nitrogênio e material particulado”, explicou Luke Mosier, da Cummins. A tecnologia permite aproveitar as frotas e infraestruturas existentes, sem grandes mudanças operacionais.
Os testes com o motor QSK60 seguem até 2026, quando começam os testes de campo com a Komatsu. A célula de testes faz parte do Programa de Motores de Duplo Combustível da Cummins, voltado a motores entre 38L e 95L, testando combustíveis alternativos sob rigorosos controles de emissão e desempenho. “Essa tecnologia é crucial no nosso compromisso com soluções práticas e sustentáveis,” destacou Gbile Adewunmi, vice-presidente da Cummins.
Para a Vale, o etanol é estratégico na meta de reduzir 33% das emissões dos escopos 1 e 2 até 2030. A escolha se apoia na disponibilidade do biocombustível no Brasil, que possui infraestrutura consolidada.
“É uma tecnologia de transição que ajuda nas metas de curto prazo”, disse Dan Funcannon, da Komatsu. O projeto, inicialmente focado no Brasil, reforça o papel do país na liderança em biocombustíveis e na descarbonização da mineração.
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