Cabotagem se consolida como alternativa 90% mais limpa que o transporte rodoviário, diz pesquisa

Estudo da Norcoast mostra que o modal evitou 12 mil toneladas de CO₂ em 2024; operações no porto de Paranaguá impulsionam avanço sustentável da logística

Redação

A cabotagem — transporte marítimo entre portos nacionais — vem se firmando como uma das principais alternativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no país. Um estudo da Norcoast, empresa brasileira de navegação costeira, aponta que o modal é até 90% menos poluente que o transporte rodoviário.

A pesquisa, realizada com base nas operações de papel e celulose da Klabin, mostra que, em 2024, o uso da cabotagem evitou a emissão de 12 mil toneladas de CO₂, o equivalente à retirada de 2.600 carros das ruas por um ano. De janeiro a agosto de 2025, o volume já chega a 7,7 mil toneladas.

As cargas da Klabin seguem pela TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá), que se consolidou como um dos principais polos da navegação costeira. Desde a retomada dos serviços em 2024, o terminal registrou alta de 71% na movimentação de contêineres por cabotagem no primeiro semestre deste ano, somando 44,7 mil TEUs.

A Klabin, quarta maior usuária de cabotagem no país, movimentou mais de 20 mil TEUs em 2024, sendo 3.500 apenas por Paranaguá. Segundo Roberto Bisogni, diretor de planejamento e logística da empresa, o modal combina “eficiência operacional e sustentabilidade” e deve ganhar peso na matriz de transporte nos próximos anos.

Além da navegação, a Klabin integra a ferrovia à sua cadeia logística: desde 2021, trens percorrem os 380 km entre a fábrica de Ortigueira (PR) e o porto de Paranaguá, reduzindo o uso de caminhões e a pegada de carbono.

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