A companhia de navegação taiwanesa Evergreen Marine concluiu um dos maiores programas de renovação de frota de sua história com a entrega do “Ever Model”, último de uma série de 20 megacargueiros Maxi-Neopanamax (M-NPX) construídos pelo estaleiro sul-coreano Samsung Heavy Industries (SHI).
O projeto, iniciado em 2021, representou um investimento de US$ 124 milhões por unidade e foi concluído 28 meses após a entrada em operação do “Ever Max”, primeiro navio da série. Os cargueiros da classe Ever-M – ou Ever-Max – são empregados em rotas entre a Ásia e a Europa, a costa oeste e a costa leste dos Estados Unidos, operando tanto pelo Canal do Panamá quanto, no retorno, pelo Cabo da Boa Esperança, segundo dados da consultoria Alphaliner.
Com 366 metros de comprimento e 51 metros de largura, os navios estão equipados com motores principais WinGD 9X92, capazes de gerar 48,5 mil kW de potência e atingir velocidades de até 23 nós (cerca de 43 km/h). A bordo, há ainda cinco geradores a diesel que fornecem energia suficiente para até 1.000 contêineres refrigerados.
Os sete últimos navios da série receberam um defletor de vento na proa, aprimorando a eficiência aerodinâmica e reduzindo o consumo de combustível. O desenho segue a configuração 6/12/4, comum nas novas gerações de porta-contêineres, com 22 baias e 20 fileiras de contêineres.
O “Ever Model” partiu recentemente da Coreia do Sul rumo ao Vietnã, onde se incorporou ao serviço Ásia–Costa Leste dos EUA (‘EWE2’ ou ‘AUE’), operando ao lado de outros sete navios da classe M e seis embarcações de 14 mil TEUs.
Com essa entrega, a Evergreen se prepara para uma nova fase. A companhia deve incorporar em breve o “Ever Aally”, cargueiro da classe Megamax, que marca a transição para uma frota com tecnologias mais limpas.
Nos próximos anos, a linha de navegação vai concentrar seus investimentos em navios movidos a gás natural liquefeito (GNL) e metanol verde — serão 10 embarcações de 24 mil TEUs a GNL e 24 de 16,5 mil TEUs a metanol. Para rotas regionais, com capacidade abaixo de 5 mil TEUs, a empresa planeja operar uma combinação de navios prontos para metanol e unidades convencionais.
Com informações do site chileno Mundo Marítimo.
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