O consumo de diesel B — mistura do diesel A com biodiesel — deve seguir em alta no Brasil, apoiado pelo avanço das atividades agrícolas e industriais, segundo projeção da StoneX, empresa global de serviços financeiros. A previsão aponta para 69,1 milhões de metros cúbicos em 2025, um recorde histórico, e 70,4 milhões de m³ em 2026.
O aumento do uso do combustível nos meses finais do ano é impulsionado principalmente pelo transporte de insumos agrícolas, em meio ao plantio da safra de soja, e pelo leve crescimento da indústria. “O comportamento da demanda neste ano mostra como o diesel B segue diretamente ligado à dinâmica do campo. Mesmo com oscilações pontuais, o consumo deve encerrar 2025 com um novo recorde”, afirma Bruno Cordeiro, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
Para 2026, a expectativa é de continuidade do crescimento, ainda que em ritmo mais moderado, diante de novos recordes esperados na safra de soja e avanço da produção de milho, além do aumento da atividade industrial em algumas regiões. O cenário deve refletir também em maior fluxo de veículos pesados transportando produtos para terminais de exportação.
Ao mesmo tempo, o Banco Central projeta crescimento mais moderado da economia, de cerca de 1,5% em 2026, frente aos 2,0%-2,2% estimados para 2025. Entre os fatores de risco estão os impactos da política tarifária dos Estados Unidos sobre setores da economia brasileira e a desaceleração econômica global, que pode afetar a pauta exportadora do país.
Diesel A
O consumo de diesel A, óleo diesel fóssil, dependerá da decisão sobre a mistura de biodiesel para 2026, que deve aumentar gradualmente conforme a Lei do Combustível do Futuro. A expectativa é que a mistura suba 1 ponto percentual ao ano, até atingir 20% em 2030.
Segundo Cordeiro, dois cenários estão sendo considerados: manutenção do B15 (15% de biodiesel) ao longo de 2026, resultando em consumo de 59,9 milhões de m³ e alta de 1,2% sobre 2025; ou entrada do B16 (16% de biodiesel) em março, reduzindo o diesel fóssil para 84%, com demanda de 59,3 milhões de m³, alta de apenas 0,2%. Decisões futuras do CNPE podem alterar esses números.
Fique por dentro de todas as novidades do setor de transporte de carga e logística:
➡️ Siga o canal da Transporte Moderno no WhatsApp
➡️ Acompanhe nossas redes sociais: LinkedIn, Instagram e Facebook
➡️ Inscreva-se no canal do Videocast Transporte Moderno