Portos e navegação terão levantamento mais detalhado de emissões de gases, diz Antaq

Novo inventário trará dados de 2021 a 2024, indicadores de eficiência carbônica e rankings regionais, alinhando o Brasil às metas globais de descarbonização

Redação

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) aprovou a realização do segundo ciclo de pesquisas do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do setor aquaviário, em deliberação na última reunião ordinária virtual. O levantamento, que já começa a ser executado neste mês, pretende aprofundar a coleta de dados e ampliar a abrangência da análise das emissões do segmento.

Nesta etapa, o foco será a obtenção de dados primários diretamente junto a portos, instalações portuárias e Empresas Brasileiras de Navegação (EBNs). A novidade é a inclusão de operações portuárias detalhadas e inventários completos de terminais, o que permitirá maior precisão no mapeamento das fontes de emissão.

O inventário também passará a disponibilizar dados portuários em um painel interativo, com consultas dinâmicas e possibilidade de exportação em múltiplos formatos. A nova série histórica abrangerá informações de 2021 a 2024.

Segundo a agência, o ciclo entregará um relatório técnico consolidado, que trará o mapeamento completo das fontes emissoras, segmentadas em diretas e indiretas, com margens de erro explicitadas para cada categoria. O documento incluirá indicadores setoriais de desempenho em emissões, elaborados com base em norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e nas diretrizes do Programa Brasileiro GHG Protocol.

Entre os novos indicadores estão a porcentagem de utilização de recursos renováveis no setor, além de rankings regionais de eficiência carbônica por tipo de carga. A expectativa é que essas informações apoiem políticas de descarbonização e promovam maior eficiência na gestão ambiental das operações.

O projeto conta ainda com parcerias estratégicas, incluindo Acordos de Cooperação Técnica com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Também está prevista a colaboração da Eletrobras, que apoiará estudos para a transição energética nos portos, com foco em energia renovável e sistemas de fornecimento elétrico terrestre (On-Shore Power Supply – OPS). A ABNT participa do processo de certificação das metodologias adotadas.

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