O operador logístico Tecadi, com base em Itajaí (SC), concluiu recentemente uma operação de grande porte para a montadora BYD, envolvendo o desembarque, desova e armazenagem de mais de 2 mil veículos elétricos e híbridos importados da China. A carga chegou ao Porto de Itajaí em 665 contêineres adaptados, cuja logística de retirada e transporte foi realizada em regime contínuo, com equipes atuando 24 horas por dia.
Os veículos foram levados para o centro logístico do Tecadi, localizado a poucos quilômetros do porto, onde passaram por vistoria e processos de preparação para distribuição ao mercado nacional. A ação faz parte da estratégia da montadora chinesa para acelerar sua expansão no país, apoiada em uma cadeia logística mais robusta e especializada.
A operação marca a intensificação da presença da BYD no mercado brasileiro, em um momento em que a montadora amplia seus investimentos locais – incluindo uma fábrica em construção na Bahia e uma rede de concessionárias em rápida expansão.
Do lado do operador logístico, a movimentação reflete o avanço das estruturas de suporte à eletrificação da frota brasileira, com empresas adaptando seus centros de armazenagem e protocolos operacionais para atender veículos que exigem cuidados específicos, como sistemas de baterias de alta voltagem.
“A logística para veículos eletrificados demanda adaptações em armazenagem, segurança e rastreabilidade”, explica Rafael Dagnoni, sócio-fundador do Tecadi. Segundo ele, a operação com a BYD envolveu também revisões de processos internos e integração com os sistemas da montadora.
Porta de entrada
A região Sul, em especial Santa Catarina, tem se consolidado como uma porta de entrada relevante para as operações de importação de veículos e autopeças, aproveitando a infraestrutura portuária e a proximidade com polos logísticos. O Porto de Itajaí, por exemplo, vem registrando aumento na movimentação de cargas do setor automotivo, acompanhando a retomada de importações e a diversificação de modelos ofertados no país.
Para a BYD, a agilidade na movimentação de cargas tem sido considerada um ponto-chave na estratégia de crescimento no Brasil. “Essa foi uma operação importante dentro da nossa cadeia logística local”, afirmou Melissa Toresin, supervisora de importação e exportação da montadora no Brasil.
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