Brasil leva à China carteira recorde de concessões portuárias e busca R$ 30 bi em investimentos

Em fórum empresarial em Pequim, ministro Silvio Costa Filho apresenta projetos de infraestrutura e destaca prioridade para agronegócio, logística e SAF

A exportação nos portos paranaenses cresceu 4% neste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 16.861.765 toneladas, um aumento de 715.435 toneladas em comparação a 2023. O grão de soja foi a commodity com maior destaque, com representação da metade do crescimento nacional das exportações pelo estado.

Redação

Com a maior carteira de concessões da história em mãos, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, apresentou a empresários chineses os principais projetos de infraestrutura previstos até 2026, com destaque para os setores portuário e hidroviário. A apresentação ocorreu nesta segunda-feira (12), durante o Fórum Empresarial Brasil-China, em Pequim, onde o ministro acompanhou a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Costa Filho afirmou que o governo federal pretende realizar 60 leilões entre 2023 e 2026, com expectativa de atrair R$ 30 bilhões em investimentos para os portos brasileiros. Ele destacou a segurança jurídica e institucional do Brasil e defendeu que o país vive um momento propício para receber capital estrangeiro.

Entre os projetos apresentados, está o Túnel Santos-Guarujá, previsto para leilão em agosto, com investimentos de R$ 6 bilhões — o maior do Novo PAC e primeiro túnel submerso da América Latina.

Movimentação portuária e SAF

A movimentação portuária também foi ressaltada: em 2024, os portos brasileiros movimentaram 1,3 bilhão de toneladas, com expectativa de crescimento de 2% em 2025. A movimentação de contêineres em fevereiro foi recorde, com 12,4 milhões de toneladas.

O ministro também lançou uma nova agenda para o setor hidroviário, prevendo seis grandes hidrovias nos próximos cinco anos, além de parcerias em turismo, aviação e sustentabilidade. Foi assinado ainda um memorando com a Universidade de Aviação Civil da China sobre SAF (Combustível Sustentável de Aviação), com potencial para o Brasil se tornar exportador global.

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