Efen e Wilson Sons realizam abastecimento inédito com ‘diesel verde’ no Porto do Açu

Operação pioneira com HVO marca avanço na descarbonização do setor marítimo brasileiro

Redação

A Efen, em parceria com a Wilson Sons, realizou no fim de março o primeiro abastecimento com HVO (Hydrotreated Vegetable Oil, ou óleo vegetal hidrotratado), conhecido como ‘diesel verde’ no setor marítimo brasileiro. A operação ocorreu no Terminal de Líquidos do Açu (TLA), da Vast Infraestrutura, e representa um marco na estratégia de descarbonização do transporte marítimo nacional.

Importado pela Efen, o HVO foi utilizado em rebocadores da Wilson Sons que operam no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), em substituição ao óleo diesel marítimo tradicional. O uso do combustível renovável foi autorizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em fevereiro deste ano, permitindo o início de testes práticos com o insumo no país.

“Abastecemos os primeiros metros cúbicos de HVO e a expectativa é ampliar o fornecimento para outras embarcações de diferentes portes no Porto do Açu”, afirmou Rafael Pinheiro, CEO da Efen.

Além de ser 100% compatível com motores a diesel, o HVO pode reduzir em mais de 80% as emissões de dióxido de carbono equivalente (CO2eq), considerando o ciclo de vida completo do combustível. A expectativa do setor é de que essa redução possa ser ainda maior no futuro, com a produção nacional do insumo.

Estratégia para descarbonizar

A Wilson Sons, que conta com uma frota de mais de 80 embarcações, aposta na iniciativa como parte de sua estratégia de sustentabilidade. “Acreditamos que o uso do HVO representa um passo significativo em nossa jornada de redução de emissões. Somente com parceiros alinhados em busca de uma operação mais sustentável teremos nossos objetivos de descarbonização alcançados”, afirmou Márcio Castro, diretor executivo da companhia.

A operação também destaca o papel do Terminal de Líquidos da Vast como plataforma para combustíveis de nova geração. Segundo Eduardo Goulart, diretor comercial da companhia, o plano é ampliar a infraestrutura do terminal para permitir armazenagem de biocomponentes e movimentação de uma gama mais diversificada de líquidos, como etanol, lubrificantes e produtos químicos.

“O TLA está preparado para dar suporte a operações com biocombustíveis como o HVO, e nosso objetivo é consolidar um hub com perfil industrial de baixo carbono nos próximos anos”, disse Goulart.

O Porto do Açu, que abriga o terminal, também tem apostado em projetos com foco em sustentabilidade energética. “Ter a disponibilidade de HVO no Açu é fundamental para que nossos clientes tenham a opção de operar com menor emissão de CO2eq. Também já temos acordos com empresas globais para instalação de plantas voltadas à produção de combustíveis não fósseis a partir de hidrogênio verde e amônia”, destacou Eugenio Figueiredo, CEO do Porto do Açu.

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