Antaq apresenta estudo sobre descarbonização nos portos brasileiros

O estudo identificou algumas iniciativas avançadas nos portos brasileiros, como o uso de combustíveis menos poluentes e a implementação de medidas de eficiência energética

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgou, na última quinta-feira (31), o estudo intitulado “Diagnóstico de Descarbonização, Infraestrutura e Aplicações do Hidrogênio nos Portos

Redação

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgou, na última quinta-feira (31), o estudo intitulado “Diagnóstico de Descarbonização, Infraestrutura e Aplicações do Hidrogênio nos Portos”. O trabalho foi realizado em colaboração com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), no âmbito do projeto H2Uppp, financiado pelo Ministério da Economia e Ação Climática da Alemanha.

O estudo é o resultado de um acordo de cooperação técnica firmado em setembro de 2023 entre a Antaq e a GIZ, que abrange três eixos principais. O primeiro consistiu em uma revisão da experiência internacional, com a análise de documentos e estudos sobre transição energética e descarbonização no transporte marítimo.

O segundo eixo, agora apresentado, trouxe o diagnóstico da descarbonização nos portos. Por fim, o terceiro eixo, ainda em desenvolvimento, focará em um estudo de caso das iniciativas de transição energética em cinco portos brasileiros: Açu (RJ), Itaqui (MA), Paranaguá (PR), Pecém (CE) e Santos (SP).

Iniciativas e desafios

O estudo identificou algumas iniciativas avançadas nos portos brasileiros, como o uso de combustíveis menos poluentes e a implementação de medidas de eficiência energética. Entre as ações mais destacadas estão os sistemas inteligentes de gerenciamento logístico, a geração de energia renovável e a eletrificação de equipamentos.

No entanto, a pesquisa também revelou a predominância do uso de combustíveis fósseis, como o diesel marítimo e o óleo combustível. A presença de inventários de emissão de carbono e metas de redução de emissões ainda é baixa entre os portos, com Terminais de Uso Privado (TUPs) apresentando melhor desempenho em relação aos portos públicos.

Entre os desafios enfrentados para a transição energética, foram mencionados a falta de capacitação, escassez de recursos financeiros e questões regulatórias. Para contornar esses obstáculos, a Antaq propôs medidas como o desenvolvimento de um inventário setorial de emissões e a promoção de um programa de conscientização sobre descarbonização.

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