Os operadores logísticos com operação no Brasil registraram um crescimento significativo em 2023, alcançando uma Receita Bruta Operacional (ROB) de R$ 192 bilhões, um aumento de aproximadamente 15% em relação a 2021. Esse montante representa cerca de 2% do PIB nacional e 17% dos custos de transporte e armazenagem, que totalizam R$ 1,1 trilhão. A pesquisa, parte do estudo ‘Perfil dos Operadores Logísticos’ realizado pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL), revela que 76% das empresas entrevistadas reportaram aumento no faturamento.
O estudo, que analisa a performance e desafios do setor, mapeou dados sobre descarbonização, infraestrutura portuária e aeroportuária, além de investimentos e geração de empregos. Com a participação de 127 operadores, que representam 40% do faturamento do setor, foram estimadas 1,3 mil empresas analisadas.
A arrecadação de impostos pelos operadores atingiu R$ 43 bilhões, correspondendo a 0,5%, 1,1% e 0,7% da arrecadação municipal, estadual e federal, respectivamente. Além disso, esses operadores geraram cerca de 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos.
Investimentos
Em 2023, 68% dos operadores aumentaram os investimentos, com foco em tecnologia e infraestrutura. A descarbonização é uma prioridade: 94% das empresas possuem departamentos dedicados a temas de sustentabilidade, com um objetivo médio de reduzir a pegada de carbono em 37% nos próximos oito anos.
Os Operadores estão expandindo sua presença geográfica, com 47% operando em todas as regiões do Brasil. O setor de bebidas lidera as indústrias atendidas, seguido por automotivo e cosméticos.
O estudo destaca a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura portuária e aeroportuária, com 82% dos operadores reconhecendo gargalos logísticos. O relatório sublinha a importância dos operadores logísticos para o crescimento econômico e a transformação do setor no Brasil.
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