Um levantamento feito pela agência de notícias da Datamar, empresa especializada em informações e análises sobre o comércio marítimo na América Latina, mostra que problemas de capacidade afastam contêineres do Porto de Santos. Conforme a publicação, recentemente, o vice-presidente de políticas públicas e regulação da Maersk – a segunda maior companhia de navegação do mundo –, Danilo Veras, declarou em uma audiência pública que o maior porto de contêineres do Brasil, Santos (SP), havia entrado em estado de “colapso”.
A declaração foi negada pela Autoridade Portuária de Santos (APS), que afirmou que o porto tem constantemente quebrado recordes de movimentação. No entanto, conforme a Datamar, os dados de outros portos do país indicam uma potencial migração de carga de contêineres para fora da região com o maior PIB e concentração industrial do Brasil.
Na mesma semana da audiência pública, a Autoridade Portuária do Rio de Janeiro informou que, pela primeira vez, o Porto do Rio de Janeiro recebeu quatro grandes navios de contêineres simultaneamente. Os terminais locais vinham enfrentando baixas taxas de ocupação há vários anos.
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) aprovou uma operação de emergência no Portocel, um terminal de carga geral no Espírito Santo, para receber contêineres por 90 dias. A agência também instruiu a empresa a solicitar uma mudança permanente para acomodar o novo perfil de carga.
Segundo a Agência iNFRA, para acomodar a logística de uma safra maior este ano, produtores de algodão fizeram novos arranjos utilizando três portos diferentes, afastando-se de Santos, onde os navios tendem a esperar mais de 20 horas para atracar—o dobro do tempo médio de espera nos últimos anos.
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