De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em julho, os emplacamentos de veículos registraram retração de 2,6%, em todos os segmentos somados, na comparação com o mês anterior, e queda de 0,6%, em relação a julho de 2021. No acumulado, dos sete primeiros meses do ano, o setor apresentou resultado próximo da estabilidade, quando comparado ao mesmo período de 2021, com baixa de 2,7%.
“Os segmentos tiveram comportamentos distintos em julho. Alguns registraram números melhores do que os de junho, com destaque para automóveis, comerciais leves e caminhões, enquanto outros, como ônibus e motocicletas apontaram retração”, comenta Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
O segmento de caminhões apresentou expansão de 4,3%, na comparação de julho com o mês anterior. Já em relação ao mesmo mês de 2021, a retração foi de 1,32%, e no acumulado do ano, queda de 1,24%. Segundo o Presidente da Fenabrave, a alta registrada nos emplacamentos de caminhões aconteceu em virtude da maior oferta de produtos, por parte da indústria, que ainda enfrenta problemas pontuais de abastecimento de peças e componentes.
“A demanda se mantém estável e, em julho, muitas unidades que estavam a espera de componentes foram finalizadas e entregues aos compradores. Hoje, o segmento está com espera entre 30 e 60 dias, dependendo do modelo”, analisa Andreta Jr.
O desempenho do segmento de implementos rodoviários está diretamente relacionado ao mercado de caminhões e, com a maior disponibilidade destes, em julho, os emplacamentos de implementos também foram impulsionados e tiveram aumento de 5,29%. Em relação a julho do ano passado, o resultado foi 13,27% inferior, e no acumulado do ano, a retração foi de 10,78%.
“Conforme os transportadores recebem caminhões, já encaminham as compras dos implementos. São dois segmentos interdependentes”, afirma o presidente da entidade.
Ônibus-
O mercado de ônibus apresentou queda de 9,82% nos emplacamentos de julho em relação a junho. Na comparação com julho de 2021, houve um pequeno aumento de 0,6%. Já no acumulado dos sete primeiros meses do ano, o recuo foi de 1,11%.
Com média mensal inferior a duas mil unidades, o segmento de ônibus se mantém próximo ao desempenho de 2021. “Houve uma retração maior em julho, mas é uma variação que tem sido natural neste segmento, uma vez que, dada a base baixa, pequenas altas ou reduções, em unidades emplacadas, podem provocar grandes variações percentuais”, diz Andreta Jr.