A partir da próxima década, os veleiros usados nas travessias pelos mares do planeta serão de 60 pés (18,29 metros) com foile. Nas regatas costeiras, as equipes vão usar os desafiadores catamarãs voadores 32-50 pés (10-15 metros), que são leves, rápidos e têm dois cascos. Os modelos para o desafio mais duro e difícil do esporte serão desenvolvidos pelo projetista francês Guillaume Verdier.
“Tivemos muitos debates sobre usar um multicasco ou monocasco e, de fato, a solução final para nós é fazer as duas coisas. Então haverá três cascos nas futuras edições”, disse o CEO da Volvo Ocean Race, Mark Turner. “A Volvo Ocean Race sempre foi desafiadora ao extremo e com essas mudanças – talvez as mais radicais desde que a regata começou em 1973 – estamos levando a competição a outro patamar. A obsessão que levou a gerações de velejadores a buscar a vitória continua, mas para levantar o troféu, o candidato será mais exigido em dedicação, habilidade e sacrifício.”
Para a edição 2017-18 da Volvo Ocean Race, que começa em outubro deste ano, as equipes continuam a utilizar os barcos Volvo Ocean 65, tanto nas pernas mais longas quanto nas regatas costeiras.
O CEO da Volvo Ocean Race deu mais informações sobre as mudanças. ‘’Nós permanecemos fiéis ao nosso DNA de regata oceânica, mas agora vamos também testar o limite dos melhores velejadores do mundo nas regatas costeiras. Ao mesmo tempo, as oportunidades comerciais ganham elementos extras”, declarou. Continuamos sendo um dos poucos eventos esportivos globais, profissionais e de excelência com um grande pacote comercial que acompanha o produto, com um excelente produto Business to Business, além de um rico patrimônio e fortes opções de ativação aos consumidores, mídia e parceiros. Temos sorte de continuar com o apoio tão forte e consistente da Volvo por duas décadas. A regata nunca esteve em uma posição tão forte como daqui em diante.”
As iniciativas não impactam apenas os velejadores com os novos modelos de barco. Toda a comunidade da vela oceânica e os patrocinadores serão beneficiados com as seguintes medidas:
- Colocar a sustentabilidade no centro da regata com a campanha Clean Seas da ONU e parcerias com a 11th Hour Racing e AkzoNobel. A plataforma de sustentabilidade é central para o posicionamento da regata no futuro.
- Haverá atividades todos os dias do ano e o lançamento de um processo de seleção de três cidades-sede, além de novas rotas e outras formas de parada dos barcos.
- Construir o caminho direto na Volvo Ocean Race para velejadores e patrocinadores por meio de uma parceria com a World Sailing, que é a entidade máxima da modalidade.
- A Global Team Challenge será peça fundamental de um programa de desenvolvimento de liderança e desempenho de equipe para os parceiros. Vai ocorrer em parte do percurso da Volvo Ocean Race. Serão usados os barcos da atual edição, os Volvo Ocean 65.
“A Volvo disse na época que a regata reunia com sucesso aventura, esporte e a tecnologia de alto nível”, disse Henry Sténson, vice-presidente executivo de Comunicação e Sustentabilidade do Volvo Group. “Muita coisa mudou nos últimos anos e estamos entusiasmados por ver a Volvo Ocean Race reforçar esse compromisso com a inovação – uma área que é tão importante para nós no Grupo Volvo.”
Björn Annwall, vice-presidente sênior de estratégia, marca e varejo da Volvo Cars, destacou o renovado compromisso da regata com a sustentabilidade. “O Volvo Car Group está envolvido em projetos de sustentabilidade por um longo tempo e estamos animados em ver a regata reforçar a sua posição de um evento esportivo que está tão em sintonia com o seu ambiente e que inspira tal paixão’’, afirmou.
50º aniversário
A Volvo Ocean Race teve início em 1973 com o nome de Whitbread Round the World Race. Em 2023 marcará a comemoração de seus 50 anos. A organização está planejando atividades e homenagens com as lendas que fizeram parte desses anos.
A edição atual da Volvo Ocean Race começa em Alicante, Espanha, no dia 22 de outubro, e visitará 12 cidades-sede e seis continentes. Os barcos vão velejar por 46 mil milhas náuticas – o que equivale a 83 mil quilômetros – até a chegada em Haia, Holanda, no mês de junho de 2018.