Com o objetivo de coletar informações precisas por meio de pesquisas e elaborar um estudo mais aprofundado sobre o transporte rodoviário de carga (TRC) foi criado em São Paulo o Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC). Sem fins lucrativos, o novo órgão atuará como uma empresa independente dentro da sede do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp), no bairro de Vila Maria.
A proposta deste instituto é dar maior embasamento técnico aos estudos do Setcesp e funcionar como um hub de informação do setor de TRC. “Será um local de informações para o transportador”, destacou Tayguara Helou, presidente do Setcesp, durante o evento de lançamento do IPTC realizado na sede do sindicato. Para comandar o IPTC, o Setcesp contratou o engenheiro Fernando Zingler, formado pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), com mestrado em Engenharia de Planejamento de Transportes pela New York University Tandon School of Engineering, nos Estados Unidos, e ex-funcionário do departamento de transportes de Nova York, onde atuou no planejamento de mobilidade urbana de cargas para a cidade. “O foco do IPTC é atender as empresas e a sociedade em tudo o que diz respeito ao transporte rodoviário de carga”, disse Zingler, diretor-executivo do instituto.
“Vamos realizar um trabalho técnico, com pesquisas e incluir novos dados disponibilizados pelas diversas agências, realizando um estudo mais aprofundado sobre o setor de transporte e buscar formas para melhorar a atuação do TRC na região”, detalhou.
Em seu programa de atividades o instituto pretende conversar com o transportador para entender como está a percepção dos profissionais sobre um determinado assunto. “Vamos buscar ferramentas em outras prefeituras, instituições e países. Também iremos organizar eventos e discutir o que precisa ser feito para resolver os problemas do transportador”, afirmou Zingler.
O diretor do IPTC comentou que, embora o transporte rodoviário de carga seja fundamental para a distribuição de mercadorias e o abastecimento urbano das cidades, muitas vezes não é levado em conta na hora do planejamento da mobilidade urbana e o caminhão, que precisa fazer entregas de mercadorias, não tem destaque nas discussões e nem o entendimento necessário dentro do poder público. “As legislações precisam ser melhoradas, pois acabam não sendo tão eficazes como deveriam porque não existe um planejamento, uma preocupação mais abrangente para o transporte de carga”, apontou Zingler.
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