No momento em que o mercado brasileiro enfrenta a maior retração econômica, com queda nas vendas e a confiança abalada devido ao aprofundamento da crise política, o grupo Volkswagen Truck & Bus, que controla, além da Volkswagen e da Scania, a marca MAN, confirmou no final do ano passado a liberação de R$ 1,5 bilhão para o Brasil a ser aplicado no período de 2017 a 2021.
“Este é o quinto ciclo consecutivo de investimentos no país e o maior anunciado por uma montadora de veículos comerciais”, destacou Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, durante o jantar com jornalistas do setor. Desde1994, num período de quatro anos, a empresa tem investido R$ 1 bilhão no país.
Junto de Andreas Renschler, CEO da holding Volkswagen Truck & Bus, Cortes anunciou ao presidente Michel Temer, o programa de investimentos para a filial brasileira.
O presidente da MAN afirmou que o novo ciclo de investimentos é mais uma prova de confiança da empresa na recuperação do país. “Estamos contribuindo para que esta confiança volte e temos consciência que, como empresa cidadã, estamos fazendo a nossa parte, investindo valores recordes, aumentando a participação no mercado brasileiro, buscando a liderança no segmento de ônibus e levando a marca Volkswagen Caminhões e Ônibus a novos mercados mundiais”, declarou.
O presidente da MAN destacou também que, depois de três anos de grande crise econômica, o Brasil continua entre as maiores economias do mundo, entre os dez maiores mercados de caminhões do planeta e entre os cinco maiores produtores mundiais de ônibus. “Mas, para o mundo continuar acreditando no país, o recomeço de nossa caminhada rumo à recuperação da economia precisa começar imediatamente”, disse Cortes.
Em sua terceira visita ao Brasil Renschler comentou que desde a década de 90 nunca viu uma crise tão grande como esta. “A operação da MAN Latin America está numa situação difícil, utilizando somente 70% da sua capacidade. Mas a Volkswagen Truck & Bus é uma empresa jovem, uma startup que estamos formando para conseguir vencer a concorrência global, por isso, acho que agora é a hora de investir. Acreditamos que vai haver uma virada no mercado brasileiro e precisamos estar preparados”, afirmou.
Renschler destacou também que, embora o Brasil tenha chegado ao fundo do poço, a companhia não perdeu a confiança. “Mais uma vez, acreditamos na força da economia brasileira e na importância dos mercados emergentes em nossa estratégia de nos tornarmos líderes globais em caminhões e ônibus. ”
Os caminhões e ônibus Volkswagen desenvolvida no Brasil são distribuídos a mais de 30 países da América Latina, África e Oriente Médio. Com o investimento programado para os próximos quatro anos a empresa pretende renovar os produtos que são direcionados a países emergentes, atualizar as linhas de caminhões e ônibus da sua fábrica de Resende (RJ), inovar os serviços de digitalização e conectividade e expandir a marca Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) no mercado internacional.
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