Ferrovia

Ferrovias brasileiras registram maior volume de cargas em seis anos

Em agosto de 2024, as ferrovias brasileiras alcançaram o maior volume de cargas transportadas nos últimos seis anos, com 52,47 milhões de toneladas úteis, representando um crescimento de 9,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Panorama Transportes da Infra S.A. na quinta-feira (24/10).

No acumulado dos primeiros oito meses de 2024, o setor ferroviário já apresenta um aumento de 4,96%, totalizando 254,14 milhões de toneladas úteis transportadas até agora.

O setor aéreo também se destacou, com as cargas pagas movimentadas crescendo 12% em comparação a agosto de 2023, alcançando 120,8 milhões de quilos em 2024. No acumulado do ano, a alta chega a 9,1%.

Outro ponto relevante é a movimentação de combustíveis e derivados pelo transporte rodoviário, que registrou um crescimento superior a 12% em agosto, totalizando 7,7 milhões de metros cúbicos. No acumulado do ano, o transporte rodoviário de combustíveis atingiu 54,4 milhões de metros cúbicos, 10,2% a mais que em 2023.

Além do aumento no volume de cargas, o setor de transportes gerou 13.663 admissões formais em agosto de 2024. Deste total, 11.567 novas contratações foram para profissionais do transporte rodoviário de cargas, evidenciando a recuperação do mercado de trabalho no setor.

Investimentos em Infraestrutura

Nos primeiros oito meses de 2024, o Governo Federal destinou R$ 99,7 milhões em investimentos nas ferrovias, um aumento de 22,6% em relação a 2023. Deste montante, R$ 75,26 milhões foram aplicados pela Infra S.A. na Ferrovia de Integração Oeste-Leste, na Bahia, com um crescimento de 12,43% em relação ao investimento no ano passado.

Atualmente, a Infra S.A. está trabalhando na construção de um trecho de 137 quilômetros entre Caetité e Bom Jesus da Lapa, com um investimento total previsto de R$ 365 milhões para esta fase do projeto.

Os investimentos federais nos setores rodoviário, aeroviário e aquaviário também apresentaram crescimento, com altas de 9,8%, 67,2% e 28%, respectivamente, sinalizando uma recuperação robusta e necessária para a infraestrutura de transporte no Brasil.

Brasil precisa investir na malha ferroviária para reduzir dependência do transporte rodoviário, diz estudo

Se quiser diminuir a dependência do setor rodoviário até 2035, o Brasil precisará transformar a sua matriz de transporte. Essa é a conclusão de um estudo da Plataforma de Infraestrutura em Logística e Transportes (Pilt), da Fundação Dom Cabral,

Se quiser diminuir a dependência do setor rodoviário até 2035, o Brasil precisará transformar a sua matriz de transporte. Essa é a conclusão de um estudo da Plataforma de Infraestrutura em Logística e Transportes (Pilt), da Fundação Dom Cabral, apresentado recentemente em um evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Nova York.

Desenvolvido ao longo de quase uma década, o Pilt analisa dados sobre volumes de transporte em diversas fontes, oferecendo projeções confiáveis sobre o futuro do setor. O coordenador do projeto, professor Paulo Resende, destacou a urgência de decisões de investimento para melhorar a qualidade e a oferta de serviços, além de alinhar a infraestrutura às inovações tecnológicas. “É imperativo investir”, afirmou Resende.

O estudo delineia três cenários até 2035. O primeiro considera a malha ferroviária atual sem novos investimentos. O segundo, denominado RF1, incorpora investimentos já contratados para a expansão de 3,3 mil quilômetros de ferrovias. O terceiro, RF2, requer a construção de 12,5 mil quilômetros de novas ferrovias, um desafio considerável, uma vez que muitos projetos ainda estão paralisados.

Caso a expansão proposta no cenário RF2 seja realizada, o volume de carga transportada no Brasil poderá aumentar expressivamente. O crescimento anual estimado sem novos investimentos é de 1,89%. Com a implementação da RF1, esse número subiria para 1,93%, enquanto o RF2 poderia resultar em um crescimento de 2,16%.

Impactos dos diversos cenários

Os impactos dos diferentes cenários na estrutura de transporte são significativos. Enquanto o RF1 apenas marginalmente altera as rotas, o RF2 tem potencial para redesenhar o mapa logístico, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. No cenário RF1, a participação do transporte rodoviário cairia de 58% para 57% até 2035. No RF2, as ferrovias passariam a representar 33,8% do total, ainda abaixo da meta de 40%.

No setor agrícola, a situação é ainda mais relevante: atualmente, 65% da produção agrícola é transportada por caminhões, mas no cenário RF2 essa cifra poderia diminuir para 41,8%, com as ferrovias transportando 51,4% da produção.

Apesar da urgência por investimentos, a expansão ferroviária no Brasil é lenta. Com cerca de 30 mil quilômetros de ferrovias, menos da metade está em operação efetiva. O governo atual propõe um modelo de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para atrair investimentos, mas os detalhes ainda estão em discussão.

LEIA MAIS

Governo quer realizar de dois a três leilões de ferrovias em 2025

Terminal rodoferroviário é inaugurado em Tocantins

A malha ferroviária brasileira ganhou mais um reforço, com a inauguração do terminal rodoferroviário em Alvorada (TO). Com capacidade para carregar em média 12 vagões por hora, podendo levar até duas composições por dia, a nova estrutura vai possibilitar o transporte de até cinco mil toneladas de grãos diariamente, segundo informou o Ministério dos Transportes.

A malha ferroviária brasileira ganhou mais um reforço, com a inauguração do terminal rodoferroviário em Alvorada (TO). Com capacidade para carregar em média 12 vagões por hora, podendo levar até duas composições por dia, a nova estrutura vai possibilitar o transporte de até cinco mil toneladas de grãos diariamente, segundo informou o Ministério dos Transportes. O investimento, realizado pela concessionária Rumo em parceria com a cooperativa de agronegócio CHS, foi de R$ 100 milhões.

Com vocação inicial para o transporte de soja e milho, e futuramente farelo, este é o primeiro ponto de carga com pátio de manobra a marcar a expansão da Ferrovia Norte-Sul no Tocantins. O local ainda possui um armazém com capacidade para 75 mil toneladas de grãos, permite a secagem e padronização das cargas, além de capacidade de receber 120 caminhões por dia.

A nova operação em Alvorada surge como alternativa logística para a economia agrícola da região, recebendo cargas do Tocantins, da Bahia e do leste de Mato Grosso. É um ponto estratégico para colocar o agronegócio desses locais na rota de exportação do país através do Porto de Santos, por onde se conecta aos mercados internacionais.

A infraestrutura foi implantada em uma área de aproximadamente 70 hectares, com destaque para a construção de um pátio que possibilita o transbordo da carga sem a necessidade de desmembramento do trem.

Ferrovia Norte-Sul

Em 2023, o governo federal concluiu a Ferrovia Norte-Sul, empreendimento com 2.257 quilômetros de trilhos, que atravessa quatro regiões brasileiras. A obra, que conecta os portos de Itaqui (MA) e de Santos (SP), era esperada há quase quatro décadas.

A conclusão do empreendimento permite que três estados brasileiros com forte produção de commodities – como soja, milho e algodão – tenham saída para seus produtos pelo mar. Com a linha férrea, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais ganham competitividade no momento de exportar seus produtos, seja pelo litoral do Sudeste ou pelo Norte do país. No Novo PAC, os projetos ferroviários têm investimento previsto de R$ 94,2 bilhões até 2026.


VLI inaugura complexo de laboratórios para aumentar eficiência no setor ferroviário

A oficina de manutenção de material rodante da VLI, uma das maiores da América Latina, acaba de inaugurar um complexo de laboratórios em Divinópolis (MG), composto por três unidades especializadas: eletroeletrônica, freio eletrônico e injeção. Com uma área construída de 393 m², o complexo é responsável pela produção de 329 tipos de componentes e um volume anual de 8.400 unidades.

O laboratório de eletroeletrônica realiza a manutenção de 243 tipos de componentes eletrônicos, como painéis de comando e cartões eletrônicos, que são essenciais para o controle dos sistemas das locomotivas. O local conta com equipamentos modernos e gigas de testes que simulam o funcionamento das locomotivas.

O laboratório de freio eletrônico e injeção cuida da reparação de 28 tipos de componentes relacionados ao sistema de freio eletrônico que controla a frenagem das locomotivas e permite o comando remoto das unidades do trem.

Por fim, o laboratório de injeção realiza a manutenção de 58 tipos de componentes do sistema de injeção de combustível e óleo lubrificante, contribuindo para a eficiência energética das locomotivas e redução da emissão de gases.

Segundo a VLI, os benefícios do complexo de laboratórios incluem a modernização de ferramentas e equipamentos, aumento da capacidade produtiva, melhoria na segurança e ergonomia, além da criação de oportunidades de desenvolvimento para profissionais da área ferroviária.

LEIA MAIS

Programa Novo Trilho da VLI alcança 50 toneladas recicladas no primeiro semestre
VLI tem avanço de 14% em receita líquida no 1° semestre

Programa Novo Trilho da VLI alcança 50 toneladas recicladas no primeiro semestre

No primeiro semestre de 2024, o Programa Novo Trilho da VLI, que atua na gestão de ferrovias, portos e terminais, registrou balanço significativo em suas ações de reciclagem

No primeiro semestre de 2024, o Programa Novo Trilho da VLI, que atua na gestão de ferrovias, portos e terminais, registrou balanço significativo em suas ações de reciclagem. Foram recolhidas aproximadamente 50 toneladas de resíduos sólidos recicláveis em 29 pontos de coleta espalhados por 11 municípios brasileiros. Minas Gerais e Maranhão lideram o ranking de coleta, com Belo Horizonte se destacando ao reunir mais de 14 toneladas de materiais recicláveis durante o período. As cidades de Porto Franco e Betim também se destacaram, alternando-se nas posições seguintes.

O volume de recicláveis coletados gerou um retorno financeiro de mais de R$ 40 mil para as famílias participantes do programa. O impacto financeiro total, incluindo a transformação dos materiais em novas matérias-primas, é estimado em cerca de R$ 394 mil.

Desde o início do programa, em setembro de 2021, o Novo Trilho já investiu mais de R$ 2 milhões, beneficiando mais de 70 mil pessoas. No ano passado, o retorno para as famílias foi superior a R$ 50 mil, e o potencial monetário dos materiais reciclados alcançou R$ 790 mil.

Atualmente, o Novo Trilho opera em 30 pontos de coleta, incluindo cidades de Minas Gerais, Maranhão e São Paulo. Até o final de 2024, o programa ampliará sua presença com a adição de um novo ponto em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

LEIA MAIS

VLI tem avanço de 14% em receita líquida no 1° semestre

Renovação da concessão da ferrovia Centro-Atlântica poderá movimentar R$ 30 bilhões

A renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela VLI, promete um significativo impulso para o setor ferroviário brasileiro, com a previsão de movimentar cerca de R$ 30 bilhões.

A renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela VLI, promete impulsionar o setor ferroviário brasileiro, com a previsão de movimentar cerca de R$ 30 bilhões. A proposta de renovação antecipada foi aprovada pela Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e será discutida em audiências públicas.

O novo ciclo de investimentos, que inclui a modernização da malha ferroviária e a aquisição de novos vagões e locomotivas, visa melhorar a eficiência e a segurança no transporte de cargas, além de fortalecer a indústria nacional e gerar cerca de 10 mil empregos diretos.

De acordo com a proposta levada para audiência pública, aproximadamente R$ 24 bilhões serão destinados à modernização da ferrovia e à compra de novos equipamentos. Esse investimento tem como objetivo aumentar em 46% a movimentação de cargas nos trilhos da FCA e impulsionar setores estratégicos da economia, como agronegócio, siderurgia e construção civil. A renovação também inclui R$ 5 bilhões para outorga e compensações, que cobrem investimentos na malha ferroviária, obras para resolução de conflitos urbanos e a construção de um acesso ferroviário ao Porto de Aratu, na Bahia.

O CEO e CFO da VLI,Fábio Marchiori, disse que a renovação antecipada da FCA reflete o novo formato do governo federal para processos dessa natureza e incorpora inovações regulatórias recentes. “Esperamos que esta renovação simbolize uma nova era de transformação na logística nacional, com investimentos que fortalecerão nossa indústria e aumentarão a eficiência em setores chave da economia”, afirma Marchiori.

Novos vagões e locomotivas

O plano de renovação prevê investimentos substanciais na linha férrea, incluindo a construção de novos trechos e ramais, a realocação de pátios de carga e a implementação de soluções integradas para conflitos rodoferroviários. A aquisição de vagões e locomotivas também visa estimular a indústria nacional de material rodante. Além disso, a modernização da malha ferroviária incluirá a construção de novos pátios para maior agilidade e a adoção de um sistema de comunicação internacional, o que aumentará a segurança das operações.

Outro aspecto importante do projeto, conforme a VLI, é o investimento de R$ 5 bilhões em outorga e compensações, que inclui a realização de obras de resolução de conflitos urbanos em 35 cidades, totalizando 80 obras. A construção do acesso ferroviário ao Porto de Aratu, com 2,5 quilômetros de extensão, é uma das principais intervenções, visando atender à crescente demanda do agronegócio na região.

LEIA MAIS

VLI tem avanço de 14% em receita líquida no 1° semestre

ANTT reabre audiência pública para a renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica

A renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) voltará a ser debatida em audiência pública, conforme decisão tomada nesta quinta-feira (22) pela diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) voltará a ser debatida em audiência pública, conforme decisão tomada nesta quinta-feira (22) pela diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O processo terá início com um período de cinco dias para que o público tome conhecimento do projeto, entre 23 e 29 de agosto. Em seguida, os interessados terão 46 dias corridos, de 30 de agosto a 14 de outubro, para apresentar suas contribuições através do Participa + Brasil.

Além das consultas online, a audiência contará com reuniões presenciais em quatro capitais: Belo Horizonte (MG) no dia 30 de setembro, Vitória (ES) no dia 2 de outubro, Salvador (BA) no dia 4 de outubro e Brasília (DF) no dia 7 de outubro.

A concessão da FCA, que foi estabelecida em 1996 com um prazo de 30 anos, estava programada para encerrar em 2026. No entanto, em 2015, a concessionária manifestou interesse na prorrogação antecipada do contrato. A primeira audiência pública sobre a renovação ocorreu em 2021, mas não foi concluída e precisou ser ajustada.

Principais alterações

Entre as principais alterações na proposta atual estão a inclusão da obrigação de executar obras de acesso ao Porto de Aratu, na Bahia, e a realização de intervenções para resolver conflitos urbanos em 40 municípios. A concessionária também deverá conduzir estudos sobre possíveis investimentos em trechos futuros.

Os modelos de renovação de concessão foram atualizados conforme as novas diretrizes do Ministério dos Transportes. A renovação incluirá um valor de outorga de R$ 1,3 bilhão e uma indenização estimada em R$ 3,6 bilhões para os aproximadamente 2.100 quilômetros de trechos inativos que a FCA pretende devolver.

A malha ferroviária da FCA, com 7.856,8 quilômetros de extensão, atravessa os estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal. A ferrovia é responsável pelos corredores Centro-Leste, Centro-Sudeste, Minas-Bahia e Minas-Rio, consolidando-se como a maior malha ferroviária do Brasil em termos de extensão e alcance.

LEIA MAIS

Lula assina fundo de R$ 3,6 bilhões para a ferrovia Transnordestina

VLI tem avanço de 14% em receita líquida no 1° semestre

No primeiro semestre deste ano, a VLI, companhia de soluções logísticas atuante em ferrovias, portos e terminais, alcançou uma receita líquida de R$ 5,0 bilhões, refletindo um crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 2,66 bilhões, marcando um aumento de 19% em comparação com o primeiro semestre de 2023

A companhia tem investido em inovação e gestão disciplinada, o que se reflete na geração de caixa operacional de R$ 2,44 bilhões. Deste total, R$ 1,84 bilhão foram reinvestidos na empresa, representando um aumento de 44% em relação ao ano anterior.

A VLI também obteve resultados significativos em sua plataforma de otimização logística, o Trato, que gerencia a movimentação de caminhões nos terminais. Nos primeiros seis meses de 2024, a plataforma registrou um volume de 1,37 milhão de toneladas, representando um avanço de 62% em relação ao mesmo período de 2023.

Entre os marcos do semestre, a companhia alcançou um recorde histórico na movimentação de açúcar. Na safra de 2023/2024, que começou em abril do ano passado e terminou em março, a VLI transportou 6,1 milhões de toneladas pelas ferrovias e movimentou 5,1 milhões de toneladas no Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam). Esses volumes foram 24% e 28% superiores, respectivamente, aos da safra anterior.

Investimentos e emissões de debêntures

Outro destaque foi a aquisição de 168 novos vagões graneleiros para a Ferrovia Norte-Sul (FNS), adquiridos da fabricante Greenbrier Maxion, com um investimento total de R$ 200 milhões, incluindo três locomotivas para operação na região.

No âmbito financeiro, o grupo VLI emitiu duas debêntures totalizando R$ 1,85 bilhão. Deste montante, R$ 1 bilhão foram emitidos pela VLI Multimodal (VMM) e R$ 850 milhões pela Ferrovia Norte-Sul (FNS). Os recursos da VMM serão destinados a investimentos na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), enquanto os da FNS serão utilizados para a recompra da FENS11 e para recomposição do caixa. Ambas as emissões receberam avaliação AAA da Fitch Ratings.

LEIA MAIS

VLI registra redução acima de 7% nas emissões de gases de efeito estufa
VLI recebe as primeiras locomotivas que exigiram investimento de R$ 300 milhões

Lula assina fundo de R$ 3,6 bilhões para a ferrovia Transnordestina

A Transnordestina, uma das principais obras de infraestrutura do Nordeste, ganha novo impulso com a criação do Fundo de Investimento em Infraestrutura Social (FIIS), sancionado pelo presidente Lula na última sexta-feira (2).

Redação

A Transnordestina, uma das principais obras de infraestrutura do Nordeste, ganha novo impulso com a criação do Fundo de Investimento em Infraestrutura Social (FIIS), sancionado pelo presidente Lula na última sexta-feira (2). Este fundo prevê um aporte de R$ 3,6 bilhões para a ferrovia, parte de um investimento total de R$ 10 bilhões. A iniciativa busca acelerar a conclusão da obra, gerando mais de 4 mil empregos no Ceará.

Durante a cerimônia de sanção, realizada no Porto do Pecém (CE), o ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou a importância da Transnordestina para a integração regional e prometeu concluir os três braços da ferrovia nos estados do Piauí, Ceará e Pernambuco até 2027. “A entrega deste projeto é uma prioridade.”

A Transnordestina abrange 1.209 quilômetros entre Piauí e Ceará e mais 548 quilômetros até Pernambuco. Com o projeto, a meta é gerar mais eficiência ao transporte de produtos como grãos, combustíveis e minérios, fortalecendo a balança comercial brasileira.

O presidente Lula também sancionou o Marco Legal do Hidrogênio Verde, que estabelece diretrizes para a produção e uso desse combustível sustentável, incluindo incentivos fiscais para estimular o setor. O projeto de lei visa colocar o Brasil na vanguarda da transição energética global.

LEIA MAIS

Movimento de cargas em ferrovias de SC aumenta 8,9% no primeiro semestre
Governo quer realizar de dois a três leilões de ferrovias em 2025

Movimento de cargas em ferrovias de SC aumenta 8,9% no primeiro semestre

O movimento de cargas nas ferrovias de Santa Catarina registrou um crescimento de 8,9% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados divulgados pela Gerência de Ferrovias, da Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as duas concessionárias que operam no estado transportaram um total de 3,5 milhões de toneladas.

O movimento de cargas nas ferrovias de Santa Catarina registrou um crescimento de 8,9% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados divulgados pela Gerência de Ferrovias, da Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as duas concessionárias que operam no estado transportaram um total de 3,5 milhões de toneladas.

O desempenho ficou acima da média nacional, que apresentou um aumento de 5,03% em relação ao primeiro semestre de 2023. No primeiro semestre, o mês de abril destacou-se como o período de maior movimentação, com 628,9 mil toneladas transportadas. O segundo trimestre foi responsável pelo transporte de 1,8 milhões de toneladas, representando um crescimento de 3,5% em relação ao primeiro trimestre, que registrou 1,7 milhões de toneladas movimentadas. Entre as concessionárias, a Rumo Logística, que opera a Malha Sul, movimentou 2 milhões de toneladas de cargas, enquanto a Ferrovia Tereza Cristina transportou 1,5 milhões de toneladas.

Os produtos com maior volume transportado foram soja, com 1,6 milhões de toneladas, e carvão, com 1,2 milhões de toneladas. Além disso, as ferrovias catarinenses movimentaram 321 mil toneladas de milho, 300 mil toneladas de cargas conteinerizadas, 36 mil toneladas de óleo diesel, 24,4 mil toneladas de gasolina, 10,2 mil toneladas de cloreto de potássio, 4,2 mil toneladas de adubo orgânico a granel, 417 toneladas de fosfato e 275 toneladas de álcool.

Atualmente, a malha ferroviária de Santa Catarina em operação abrange 763 quilômetros, correspondendo a 1,4% da movimentação nacional, que totalizou 253,9 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2024.

LEIA MAIS

Governo quer realizar de dois a três leilões de ferrovias em 2025
Rumo Logística faz pesquisa com sistema sonoro para afastar animais de ferrovias