Mercedes-Benz fechará o ano com mais de mil unidades vendidas do novo Axor

O volume está acima da expectativa inicial, que era de aproximadamente 800 caminhões, segundo revelou Jeferson Ferrarez, vice-presidente de vendas, peças e serviços da montadora

Aline Feltrin

O desempenho do caminhão Axor, relançado em julho deste ano como opção de entrada no segmento de extrapesados, ilustra a estratégia da Mercedes-Benz para enfrentar um mercado mais restritivo. A montadora fechará 2025 com mais de mil unidades comercializadas. O volume está acima da expectativa inicial, que era de aproximadamente 800 caminhões, segundo revelou Jeferson Ferrarez, vice-presidente de vendas, marketing, peças e serviços da Mercedes-Benz.

De acordo com o executivo, a boa aceitação do Axor está ligada à busca dos clientes por soluções mais acessíveis em um cenário de juros elevados e crédito caro. “O cliente está indo atrás de um produto mais barato, que atenda à operação. O Axor faz sentido para muitos perfis”, afirma.

O modelo ganhou tração especialmente na configuração 6×2, que concentra maior volume de vendas por oferecer custo operacional mais baixo ao transportador. “O resultado do Axor contribuiu para um desempenho acima da média da Mercedes-Benz no mercado brasileiro de caminhões em 2025”, diz.

Crescimento em todos os segmentos

Até o momento, a montadora registra crescimento de 11% nas vendas internas de todos os seus modelos de caminhão, em um contexto em que o mercado total recuou 8,7%, com 103,7 mil emplacamentos no período. O vice-presidente destaca que o crescimento, classificado por ele como sustentável, ocorreu em todos os segmentos em que a Mercedes-Benz atua.

O avanço mais expressivo foi no segmento de leves e médios, com alta de 17%, para 7,7 mil unidades. Em semipesados, a expansão foi de 15%, alcançando 9 mil caminhões. Já no segmento de extrapesados, apesar de uma retração de 24% do mercado, a Mercedes-Benz registrou crescimento de 2%, totalizando 8,7 mil unidades.

No mercado externo, a montadora também avançou. As exportações cresceram 29% em relação ao acumulado de 2024, somando 9,2 mil unidades, reforçando o papel do Brasil como plataforma relevante de produção e abastecimento para outros mercados

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