O mercado de seguros deve encerrar 2025 com crescimento de pelo menos 10%, segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Mas, em meio ao aquecimento logístico e à demanda crescente por cobertura, as seguradoras têm sentido a pressão dos custos: a Superintendência de Seguros Privados (Susep) registrou alta de 11,4% no volume de indenizações pagas ao setor de transportes entre janeiro e maio deste ano.
Esse cenário tem acelerado a adoção de tecnologias capazes de reduzir o risco operacional — e, com isso, diminuir o valor dos prêmios e dos sinistros. Entre as soluções que vêm ganhando tração está a telemetria avançada, combinada a videotelemetria e inteligência artificial. A Geotab, especializada em gestão de frotas e veículos conectados, tem observado uma demanda crescente de empresas que buscam mais segurança, eficiência e previsibilidade na operação.
Dados que reduzem acidentes
Dados de comportamento ao volante tornaram-se peças-chave para diminuir riscos nas rodovias. A telemetria permite mapear excesso de velocidade, frenagens bruscas, acelerações agressivas e outros padrões que antecedem acidentes.
Mais de 90% das colisões em rodovias no Brasil têm relação com fatores humanos — como fadiga, distração e imprudências —, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Por isso, o monitoramento contínuo e a análise desses dados permitem intervenções precisas, treinamentos personalizados e a construção de uma cultura preventiva dentro das frotas.
Além de reduzir incidentes e preservar vidas, essa previsibilidade operacional se traduz diretamente em negociações mais favoráveis com seguradoras, que enxergam menor exposição ao risco.
Decisões e previsibilidade
A combinação de vídeo e telemetria vem se consolidando como um diferencial competitivo. A tecnologia adiciona contexto aos alertas registrados pelos sensores do veículo, permitindo distinguir situações inevitáveis — como uma freada brusca para evitar colisão — de comportamentos que aumentam o risco, como uso de celular, sonolência ou distrações.
O recurso também registra fatores externos, como condições da via, fluxo de pedestres e ações de terceiros. Dessa forma, facilita a resolução de disputas, combate fraudes e acelera processos de responsabilização.
“Para se tornarem mais competitivas, as empresas precisam adotar uma gestão preventiva, e não apenas reativa. A telemetria fornece dados reais sobre a frota. A videotelemetria potencializa esse impacto ao conectar eventos ao comportamento do motorista com precisão”, afirma Eduardo Canicoba, vice-presidente da Geotab Brasil
A análise integrada de dados de bordo também está sendo impulsionada pela inteligência artificial. O Geotab Ace, primeiro assistente de IA generativa voltado à gestão de frotas, permite que gestores acessem diagnósticos, insights e relatórios completos a partir de uma única pergunta.
“O uso combinado de telemetria, videotelemetria e IA vem consolidando um novo padrão de eficiência no transporte”, diz Canicoba. “Essas tecnologias tornam a operação mais visível e orientada por dados, reduzem custos e fortalecem a relação com as seguradoras. A segurança passa a ser um investimento estratégico.”



