No transporte, tempo é dinheiro — e quem depende de consórcios para expandir sua frota corre o risco de ficar parado enquanto oportunidades passam. À primeira vista, o consórcio parece atrativo: parcelas menores, sem juros aparentes e a promessa de “planejamento a longo prazo”. Mas o transporte não vive de planos distantes: vive de resultados imediatos.
Um contrato pode surgir hoje, e amanhã você precisa colocar caminhões para rodar. O consórcio? Pode deixar o transportador esperando anos por uma contemplação que talvez nunca venha — ou que exija um lance superior a 50% do valor total. Enquanto isso, quem opta pelo financiamento já tem o caminhão produzindo, faturando e pagando as parcelas com o próprio lucro da operação. É assim que se constrói histórico com os bancos, se fortalece o crédito e se ganha força para reinvestir.
No início, é normal precisar dar uma entrada. Mas conforme as parcelas são pagas em dia, o nome se fortalece, e os bancos passam a oferecer prazos maiores, taxas menores e até períodos de carência. Financiamento, portanto, é crescimento inteligente: gera resultado desde o primeiro dia.
O consórcio, por outro lado, é lentidão. Depende da sorte, da contemplação e da espera. Alguns transportadores relatam que “funcionou” — mas, se tivessem recorrido ao financiamento, provavelmente teriam multiplicado seus resultados em muito menos tempo. Além disso, há pegadinhas pouco comentadas: muitos adquirem a carta, pagam por meses e só depois descobrem que precisam comprovar renda para serem contemplados. Por que não fazer uma análise de crédito antes de vender a carta? Ou explicar todas as condições claramente? Talvez porque a verdade comprometeria as vendas.
Crescer no transporte é questão de movimento: caminhão rodando, crédito girando, empresa faturando. Financiamento é parceria, confiança construída com resultados. Consórcio depende de sorte — e sorte não combina com gestão.
Já parou para calcular quanto custa o tempo de espera pela contemplação do consórcio? Quanto faturamento se perde enquanto o caminhão não roda? Isso por si só derruba qualquer argumento de que o financiamento tem “juros abusivos”. No transporte, o que não produz, atrasa. E quem atrasa, fica para trás.
Sobre o autor
Leonardo Busin é CEO da Buzin Transportes, empresa com 58 anos de atuação e referência em soluções de logística e transporte no Brasil. Com mais de 15 anos de experiência no setor, sua trajetória inclui passagem por diferentes áreas e projetos — da operação à direção — com foco em gestão estratégica, liderança, inovação e melhoria contínua.
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