Governo arrecada R$ 380 milhões em leilões de áreas portuárias

Petrobras vence disputa no Porto do Rio, e consórcio estrangeiro assume canal de acesso de Paranaguá, o primeiro do país a ser concedido à iniciativa privada

Aline Feltrin

O governo federal arrecadou R$ 380 milhões em outorgas nesta quarta-feira (22) em três leilões de áreas portuárias realizados na B3, em São Paulo. Os contratos preveem mais de R$ 1,2 bilhão em investimentos ao longo de 25 anos.

O destaque foi o leilão do canal de acesso aquaviário do Porto de Paranaguá (PR), o primeiro do tipo a ser concedido à iniciativa privada no país. O Consórcio Canal Galheta Dragagem, formado pelas empresas FTS Participações Societárias S.A., Deme Concessions NV e Deme Dredging NV, venceu a disputa ao oferecer o desconto máximo de 12,63% sobre a tarifa de referência e uma outorga de R$ 276 milhões.

O projeto deve receber cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos. O contrato poderá ser prorrogado por até 70 anos.

No Porto do Rio de Janeiro, a Petrobras venceu a concorrência pela área RDJ07, voltada ao apoio offshore das operações de petróleo e gás, com lance de R$ 104 milhões. O contrato prevê investimentos próximos a R$ 100 milhões.

Já em Maceió (AL), o consórcio Brito–Macelog II, formado por Irmãos Brito Representações e Comércio e Macelog Logística e Serviços Portuários, arrematou o terminal marítimo de passageiros com proposta de R$ 50 mil e previsão de R$ 3,7 milhões em investimentos em modernização.

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Competitividade portuária

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que os projetos representam uma nova etapa para o setor. “Essas concessões mostram que o Brasil está abrindo espaço para mais eficiência e competitividade na infraestrutura portuária”, afirmou.

Para o diretor-geral da Antaq, Frederico Carvalho Dias, a concessão de canais de acesso deve impulsionar o mercado de dragagem no país. “A ideia é reduzir custos logísticos e melhorar o desempenho dos portos brasileiros”, disse.

Os três certames integram o segundo bloco de leilões portuários de 2025 e fazem parte da estratégia do governo de atrair capital privado para ampliar a capacidade e eficiência do sistema portuário nacional.

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