O Brasil deu um passo para modernizar sua infraestrutura de transporte com o início da implementação do primeiro corredor logístico sustentável multimodal do país, no trecho da BR-277, entre Curitiba e Paranaguá (PR). O projeto-piloto é resultado de uma parceria entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Ministério dos Transportes e a concessionária EPR Litoral Pioneiro, e funcionará como um laboratório de inovação e sustentabilidade.
A iniciativa será testada em um sandbox regulatório, ambiente experimental que permite avaliar tecnologias, modelos de gestão e soluções inovadoras em um contexto controlado. A proposta é desenvolver uma infraestrutura mais moderna, eficiente e sustentável, com foco em segurança viária, eficiência energética, preservação ambiental e resiliência climática.
O corredor da BR-277 foi concebido como um ecossistema integrado de mobilidade e sustentabilidade. Estão previstas tecnologias energéticas voltadas à redução de emissões, sistemas de pesagem em movimento para evitar paradas no tráfego e um modelo de pedágio em fluxo contínuo, que deve agilizar o transporte de cargas. O projeto também prevê pontos de parada para caminhoneiros, com segurança e serviços essenciais, além de uma infraestrutura de conectividade digital para monitorar, em tempo real, as condições da via e do tráfego.
Medidas ambientais
Entre as medidas ambientais estão passagens de fauna, barreiras acústicas e preservação da vegetação nativa, além de estudos para adaptar a rodovia a eventos climáticos extremos. A ANTT também abriu a Tomada de Subsídios nº 006/2025, convidando cidadãos, empresas e especialistas a enviar sugestões para o edital que vai selecionar os participantes do sandbox. As contribuições podem ser enviadas até 14 de outubro pelo Sistema ParticipANTT, disponível no portal da agência.
Após a validação do modelo piloto, a ANTT pretende expandir o projeto para todas as concessões de rodovias e ferrovias sob sua regulação. A ideia é consolidar um modelo nacional alinhado às melhores práticas internacionais, à Agenda 2030 da ONU e à Política Nacional sobre Mudança do Clima.
o Ministério dos Transportes avalia que a experiência na BR-277 pode se tornar referência para futuras concessões, ao combinar ganhos de eficiência com redução de custos e impactos ambientais.
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