Duas em cada cinco mortes em rodovias estão ligadas à falta de cinto de segurança, aponta Arteris

Dados semestrais mostram que negligência com equipamento básico segue sendo fator crítico de letalidade nas estradas

Redação

Apesar da redução geral nas fatalidades no primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado, a negligência no uso do cinto de segurança continua sendo determinante em uma parcela expressiva das mortes em rodovias. Levantamento da concessionária Arteris mostra que 90 pessoas morreram nos últimos dois anos em acidentes nos quais não foi utilizado o equipamento.

A análise aponta que quase metade (43,7%) das mortes registradas no primeiro semestre de 2025, envolvendo veículos elegíveis para o uso do cinto — como carros, caminhões e ônibus — estão relacionadas à ausência do item de segurança. Entre as vítimas, 76,6% eram homens, sendo que os condutores representaram a maior parte dos casos, com 61 mortes.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as infrações por não usar cinto de segurança passaram de 90.067 registros em 2007 para 216.267 no ano passado. O Código de Trânsito Brasileiro considera a conduta uma infração grave, com multa de R$ 195,23, cinco pontos na CNH e possibilidade de retenção do veículo até que todos os ocupantes estejam devidamente afivelados.

Dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) reforçam a importância do cinto: ele reduz em pelo menos 60% o risco de morte de ocupantes do banco da frente e em 44% os do banco traseiro. Cerca de 50% da eficácia está relacionada à prevenção da ejeção de passageiros durante colisões. Não usar o cinto no banco de trás aumenta em cinco vezes o risco de morte de quem está à frente.

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Ações em andamento

A empresa destaca que a segurança viária está integrada à sua Agenda ESG e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente o ODS 3, de Saúde e Bem-estar. A Arteris administra 3.200 quilômetros de rodovias em SP, MG, RJ, SC e PR e participa voluntariamente da Década de Ação para Segurança no Trânsito da ONU, que busca reduzir em 50% as fatalidades até 2030. Entre 2010 e 2020, a companhia já superou a meta com redução de 51%.

A atuação da Arteris na área de segurança envolve engenharia, operações e educação. Entre as iniciativas estão obras de duplicação e melhorias na sinalização, monitoramento com câmeras inteligentes, reforço de equipes nos períodos de maior fluxo e programas educativos como o “Tô de Cinto, Tô Seguro”, que impactou milhões de motoristas e passageiros.

A empresa também oferece atendimento pré-hospitalar, socorro mecânico, passarelas, bases de apoio aos usuários, estruturas de descanso para caminhoneiros e Áreas de Escape que, juntas, já salvaram mais de 1.300 vidas.

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