Porto do Itaqui se consolida como hub estratégico do agronegócio brasileiro, diz Mpor

Segundo o Ministério dos Portos e Aeroportos (Mpor), com 75% de suas exportações compostas por granéis sólidos, principalmente soja, Itaqui desempenha papel fundamental na logística do Centro-Norte e na inserção do Brasil no comércio internacional

Redação

O Porto do Itaqui, principal terminal do Arco Norte e quarto maior porto público do país, se consolida como um hub estratégico do agronegócio brasileiro, conectando fertilizantes e grãos ao comércio global, segundo o Ministério dos Portos e Aeroportos (Mpor). Entre janeiro e julho de 2025, o porto movimentou 2,3 milhões de toneladas de fertilizantes, importados de países como Rússia, China, Estados Unidos e Índia, e 10,7 milhões de toneladas de soja, além de mais de 500 mil toneladas de milho, trigo e outros produtos agrícolas destinados a mercados como Turquia, Vietnã, Tailândia, China e Irã.

Com 75% de suas exportações compostas por granéis sólidos, principalmente soja, Itaqui desempenha papel fundamental na logística do Centro-Norte e na inserção do Brasil no comércio internacional. O terminal também movimenta granéis líquidos, como gasolina, diesel, querosene de aviação e gás liquefeito de petróleo, que representam 25% do total de cargas, e recebe cargas gerais, incluindo locomotivas, trilhos, celulose da Suzano e alumínio da Alumar.

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Malha multimodal e eficiência logística

O porto conta com infraestrutura multimodal estratégica: a Ferrovia Transnordestina (FTL), com 4.238 km de extensão, e a Estrada de Ferro Carajás (EFC), de 892 km, que também transporta celulose de Imperatriz (MA), além de conexão indireta com a Ferrovia Norte-Sul, via Açailândia, integrando o Centro-Norte ao Sudeste. A malha permite agilidade e previsibilidade no escoamento de cargas, fortalecendo o papel do Itaqui como porta de saída da produção agrícola brasileira.

Impacto econômico e geração de empregos

A operação do porto sustenta uma ampla cadeia de negócios que gera empregos diretos e indiretos, envolvendo importadores, operadores portuários, transportadores, fornecedores de insumos e órgãos públicos como Receita Federal, Polícia Federal, Antaq, Anvisa, Vigiagro e Corpo de Bombeiros. A legislação garante ainda a participação dos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs) nas operações, oferecendo oportunidades de renda na região.

A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), responsável pela autoridade portuária, mantém a infraestrutura, garante atracações e segurança, além de monitorar normas ambientais. Graças à sua eficiência, agilidade e localização estratégica, Itaqui figura entre os três maiores portos públicos na exportação de soja e entre os cinco primeiros na importação de insumos agrícolas.

Com seu papel duplo de receber fertilizantes que fortalecem o solo brasileiro e exportar grãos que abastecem o mundo, o Porto do Itaqui reforça sua importância para a segurança alimentar global e para o desenvolvimento econômico do Brasil, consolidando o Arco Norte como rota estratégica do agronegócio nacional.

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