A Frete.com, marketplace de transporte rodoviário de cargas, deu o primeiro passo em sua expansão internacional com a estreia no México. A operação, que chega ao país sob a marca Flete.com, terá aporte inicial de US$ 20 milhões nos próximos 12 meses.
O objetivo é repetir a estratégia adotada no Brasil: conectar embarcadores e caminhoneiros por meio de tecnologia. A companhia estima encerrar 2025 com mais de 10 mil cargas transportadas mensalmente, o que deve movimentar cerca de R$ 600 milhões por ano em pagamentos a transportadores.
Segundo o CEO Federico Vega, a escolha do México como primeiro mercado internacional se deve à semelhança com o cenário brasileiro. “O país tem milhões de caminhões operados por transportadores independentes, processos ainda manuais e baixa integração tecnológica, o que gera uma capacidade ociosa de quase 60% nos veículos. São desafios muito próximos aos que encontramos no Brasil”, afirma.
De acordo com Vega, a falta de confiança e eficiência na contratação de transportadores foi outro fator decisivo para a entrada no país. “Desde 2022 estudamos o mercado mexicano. A taxa de sucesso em encontrar novos transportadores é de apenas 1% atualmente”, diz.
Estratégia local
A companhia já conta com os primeiros clientes locais, que começaram a publicar cargas na plataforma. A meta é se consolidar em setores estratégicos como varejo, automotivo e bens de consumo, expandindo depois para outras indústrias e regiões.
Para isso, a empresa está estruturando uma equipe local especializada em logística, tecnologia e atendimento.
Fundada em 2013, a Frete.com criou um modelo de “loadboard” que conecta embarcadores e transportadoras via tecnologia de dados e inteligência artificial. Hoje, a plataforma movimenta um volume bruto de transações de US$ 14 bilhões, reúne 900 mil caminhões ativos e mais de 25 mil empresas usuárias no Brasil.
A empresa afirma que seu sistema reduz custos de transporte em até 25% e aumenta a lucratividade das transportadoras em 50%, além de reforçar a segurança das operações com dados que ajudam a evitar rotas de risco.
A expansão mexicana é financiada por parte dos mais de US$ 200 milhões já captados em rodadas de investimento com nomes como Goldman Sachs, Tencent, SoftBank, Oscar Salazar (cofundador da Uber) e Jeb Bush (ex-governador da Flórida).
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