Na virada para 2007, as principais fabricantes de caminhões e ônibus que atuam no Brasil apresentavam estratégias ambiciosas para ampliar participação no mercado, diversificar operações e investir em novas tecnologias.
A Iveco iniciou uma nova fase na América Latina com a chegada de Marco Mazzu à presidência, substituindo Jorge Garcia. A meta era ousada: dobrar a participação no mercado brasileiro de caminhões, de 4% para 10% até 2010, o que representaria um salto de faturamento de cerca de R$ 700 milhões. O plano incluía R$ 150 milhões em investimentos em novos produtos e ampliação da capacidade produtiva da fábrica de Sete Lagoas (MG), com destaque para o aumento de 60% na produção de pesados Stralis.
A Mercedes-Benz comemorou meio século de operações no país reafirmando a liderança no segmento de caminhões e forte presença no de ônibus. A matriz anunciou R$ 450 milhões em investimentos para 2007 e 2008 nas unidades de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG). Exportadora histórica, a marca enviou para mais de 50 países cerca de 300 mil veículos produzidos no Brasil ao longo de sua trajetória.
Apesar da queda de 5% nas vendas no Brasil em 2006, a Ford ampliou sua presença regional, com crescimento de 29% nas vendas na América do Sul em dois anos. O lançamento de nove modelos Cargo com motores eletrônicos e a inauguração de 15 revendas exclusivas fortaleceram a linha. No Chile e na região andina, as vendas subiram mais de 40%.
Prestes a completar 50 anos no Brasil, a Scania seguiu líder no segmento de caminhões pesados, com 26% de participação. Em 2006, 70% da produção da planta de São Bernardo do Campo foi destinada à exportação para cerca de 50 países, incluindo Rússia e Oriente Médio.
A Volkswagen Caminhões e Ônibus dobrou sua rede de concessionárias mexicanas para 16 pontos e ampliou em 22% a produção da fábrica de Puebla. O portfólio passou a cobrir de 3,5 a 24 toneladas de PBT, com destaque para os modelos VW 8.150E e 17.250E, muito usados por distribuidores de bebidas.
A Volvo destacou globalmente seus projetos para reduzir emissões de CO₂ em 50% até 2008, lançar caminhões híbridos diesel-elétricos e ampliar o uso de energia limpa nas fábricas. No Brasil, a planta de Curitiba já havia reduzido em mais de 15% suas emissões.
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