A concessão do trecho da BR-364 entre Porto Velho e Vilhena, em Rondônia, foi oficialmente celebrada na última quinta-feira (18), em Brasília. O contrato, firmado entre o governo federal e a concessionária Nova 364, prevê a modernização e ampliação de uma das principais rodovias logísticas do país, essencial para o escoamento da produção agrícola da chamada Rota Agro Norte.
Embora a operação contratual ainda dependa da publicação do termo de arrolamento — documento que lista os ativos a serem transferidos à concessionária —, a Nova 364 já atua em campo por meio de um acordo de cooperação técnica com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A empresa mobilizou quatro frentes de obras, incluindo sinalização, conservação e a recuperação de obras de arte especiais (OAEs), como pontes e viadutos.
Desde o início dos trabalhos emergenciais, 16 trechos da rodovia foram beneficiados com melhorias de segurança e fluidez, especialmente nos municípios de Porto Velho, Ariquemes, Itapuã do Oeste, Pimenta Bueno e Vilhena. A expectativa é de que cerca de 2 mil empregos diretos e indiretos sejam gerados ao longo do processo, o que representa um impulso importante para a economia local.
Obras antecipadas e investimentos fora do contrato
Entre as intervenções em andamento, destaca-se a reforma da antiga ponte sobre o rio Candeias. Apesar de não estar prevista no contrato original, a obra está sendo executada com recursos próprios da concessionária, como medida preventiva de segurança e fluidez. Segundo Wagner Martins, diretor-presidente da Nova 364, a estrutura atual de 10 metros será alargada para 16 metros, com inclusão de acostamento e faixa de pedestres. “Tudo isso para dar o conforto e fluidez que a rodovia precisa nesse ponto”, afirma.
A concessão da BR-364 insere-se em um modelo de parceria que busca acelerar os ganhos em infraestrutura por meio de investimentos privados. A rodovia é considerada um dos principais corredores logísticos da Rota Agro Norte, essencial para o escoamento da safra do Centro-Oeste e do Norte em direção aos portos do Arco Norte.
A expectativa é que, ao longo dos próximos anos, os investimentos promovam uma mudança estrutural nas condições da rodovia, reduzindo custos logísticos e ampliando a competitividade da produção agrícola brasileira. Para o governo federal, a formalização da concessão representa não apenas um avanço em infraestrutura, mas também uma resposta à necessidade de integração e desenvolvimento da região amazônica.
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