Ferroport lucra R$ 462 milhões e eleva embarques de minério

Terminal de minério de ferro no Porto do Açu investe em reflorestamento, energia renovável e inclusão, e projeta ampliação de capacidade para 30 milhões de toneladas por ano

Redação

A Ferroport, operadora do terminal de minério de ferro no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), encerrou 2024 com faturamento de R$ 1,3 bilhão, alta de 6% em relação ao ano anterior. A companhia, uma joint venture entre a Anglo American e a Prumo Logística, também apurou lucro líquido de R$ 462 milhões e margem EBITDA de 78%, em um ano marcado por expansão de embarques, investimentos em infraestrutura e avanço em metas ambientais e sociais. O desempenho é detalhado no quarto relatório de sustentabilidade da companhia, elaborado conforme as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI).

O documento evidencia os avanços em frentes como reflorestamento — com mais de 2,5 milhões de mudas plantadas —, uso integral de etanol nos veículos flex da frota, consumo de 100% de energia elétrica gerada por fonte eólica e reuso de mais de 93% da água nas operações.

A Ferroport também foi reconhecida, pelo terceiro ano consecutivo, com o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, que certifica a qualidade do inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE). No campo da governança, manteve as certificações ISO 14001 (gestão ambiental) e ISO 45001 (saúde e segurança ocupacional), e conquistou a ISO 37001, voltada à prevenção de suborno.

Recorde anual de embarques

Em 2024, quando completou dez anos de operação, a companhia bateu seu recorde anual de embarques, com 25 milhões de toneladas de minério de ferro exportadas por 148 navios. No mesmo período, foi classificada entre os dois melhores terminais do país no Prêmio Antaq, na categoria Índice de Desempenho Ambiental (IDA) para Terminais de Uso Privado (TUPs), alcançando a melhor pontuação entre os terminais de minério.

Entre as ações ambientais do ano passado, destaca-se a nova parceria firmada com a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Caruara — o maior fragmento de restinga em unidade de conservação privada do Brasil — para o reflorestamento de 115 hectares, o equivalente a 140 campos de futebol, em São João da Barra.

Com presença na região Norte Fluminense, a Ferroport investiu R$ 8 milhões em projetos sociais ao longo de 2024, nas áreas de educação, cultura e esportes. A companhia, que gera mais de 600 empregos diretos e indiretos, também aplicou R$ 2 milhões em capacitação técnica e comportamental de seus colaboradores, totalizando mais de 9 mil horas de treinamento em segurança do trabalho — o equivalente a R$ 6.600 por pessoa.

Em um setor ainda predominantemente masculino, a empresa ampliou para 30% a participação feminina em seu quadro de pessoal, um avanço de 17% em relação ao ano anterior. O número de mulheres em cargos de liderança cresceu 125%. O esforço em diversidade e clima organizacional rendeu à Ferroport o reconhecimento, pela terceira vez, como uma das melhores empresas para trabalhar segundo o ranking Great Place to Work (GPTW), com a maior nota da história da companhia (90) e adesão de 92% dos funcionários.

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