A VLI, operadora logística que integra ferrovias, portos e terminais, deu um novo passo em sua estratégia de expansão ao inaugurar uma solução inédita de operação ferroviária voltada à descarga de insumos para fertilizantes. A iniciativa teve início em maio e já apresenta resultados expressivos: na planta da Mosaic Fertilizantes, em Uberaba (MG), a nova operação permitiu ganhos de desempenho operacional de 10% no primeiro mês.
Com a mudança, a VLI passou a realizar também as etapas de manobra, abertura de vagões, limpeza de correias transportadoras e manutenção das vias férreas internas da unidade industrial, que antes eram executadas pela própria Mosaic.
A operação envolve os fluxos de rocha fosfática – transportada entre Catalão (GO) e Uberaba – e enxofre, que chega ao Triângulo Mineiro a partir do Terminal Integrador Luiz Antônio Mesquita (Tiplam), na Baixada Santista.
A ampliação do escopo exigiu a contratação de 89 profissionais pela VLI e marca a estreia de um novo modelo de prestação de serviço ferroviário industrial no portfólio da companhia.
Potencial para o modal ferroviário
A companhia reforça que o modelo tem potencial de expansão, especialmente no mercado de fertilizantes, onde a VLI já atua com destaque. Atualmente, 85% da logística de fertilizantes no Brasil ainda é feita por rodovias, o que abre espaço para a ampliação do modal ferroviário, mais eficiente e menos poluente. “Nosso horizonte é captar até 17% de novos volumes nessa cadeia ainda em 2025”, diz Hernandez.
A VLI movimenta cerca de 10 milhões de toneladas de insumos para fertilizantes por ano e tem papel estratégico no escoamento de cargas importadas por meio dos corredores Leste, Norte e Sudeste. Este último, que integra a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), conecta estados como São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal, e é responsável por transportar grãos, açúcar e fertilizantes. A estrutura inclui ainda dois terminais integradores, em Uberaba (MG) e Guará (SP).
O Tiplam, ponto de partida de parte da carga de fertilizantes, destaca-se por realizar toda sua exportação por ferrovia, o que contribui para a redução do tráfego rodoviário na Baixada Santista e mitiga a emissão de gases de efeito estufa. Segundo a VLI, o transporte ferroviário pode emitir até nove vezes menos CO₂ do que o rodoviário.
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