A indústria de autopeças registrou aumento de 18,4% no faturamento líquido em janeiro de 2025 na comparação com dezembro de 2024. Em termos reais, a elevação foi de 17,6%, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
Para o Sindipeças, o resultado de janeiro foi o melhor no pós-pandemia, mesmo considerando que o primeiro mês do ano costuma ser atípico por conta das interrupções para ajustes técnicos, revisões do planejamento estratégico, férias de verão, entre outros fatores. “Isso reflete o notável desempenho do setor automotivo, principalmente no segundo semestre do ano passado.”
Na comparação ao mesmo mês do ano anterior, houve incremento de 20,6% (16,8% após o desconto da variação dos preços), enquanto no acumulado dos últimos 12 meses se registrou aumento de 13,7% (10,3% em termos reais).
Canais de distribuição
Nos canais de vendas, o faturamento nominal proveniente das montadoras teve crescimento de 16,1% em janeiro em relação a dezembro de 2024 e de 19,01% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A receita proveniente do mercado de reposição expandiu 39,2% em janeiro em relação a dezembro de 2024. Segundo o Sindipeças, isso ocorreu devido à base de comparação fraca, uma vez que o mês de dezembro é tradicionalmente um período de elevado crescimento das vendas de veículos novos.
Na comparação de janeiro de 2025 com o mesmo mês do ano passado, houve crescimento de 13,1% no faturamento com a reposição, puxada pela linha pesada, que aumentou 39,9%.
O Sindipeças destaca também o aumento de 37,9% da receita proveniente das exportações de peças em janeiro de 2025 em relação ao mesmo mês do ano anterior, que parece evoluir na esteira do significativo aumento de 52,3% das vendas ao exterior de veículos novos. “A taxa de câmbio em patamar elevado e a recuperação da economia argentina, país destino de 37% das exportações de autopeças no mês, são candidatos naturais para explicar o que ocorre atualmente na seara externa.”
A utilização da capacidade alcançou 72% em janeiro de 2025, com recuo de 1,9% da ociosidade em relação a dezembro de 2024 e de 2,1% no acumulado dos últimos 12 meses. Por sua vez, o volume de contratações realizadas aumentou 1,4% na comparação mensal e 7,6% em termos interanuais.
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