A Embraer está confiante em alcançar bom desempenho em 2025. As estimativas da companhia são de entregar entre 77 e 85 aeronaves da aviação comercial, o que representará um aumento de 10% em relação ao ano anterior, e de 145 a 155 jatos executivos, 15% maior do que em 2024.
Com o aumento das entregas, a receita da empresa deve crescer em torno de 13% em relação a 2024, oscilando entre US$ 7,0 a US$ 7,5 bilhões, segundo informou Guilherme Paiva, diretor de relações com investidores, durante teleconferência realizada hoje.
“Poderíamos entregar até mais aeronaves, tanto na aviação comercial, executiva e de defesa, mas decidimos ser conservadores, considerando as limitações de supply chain e os gargalos que mudam de um fornecedor para outro”, disse Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer. “Mas acreditamos que estamos bem preparados em 2025 para termos as peças de que vamos precisar e isso está associado às iniciativas que já implementamos em 2023, o qual é a linearidade ou nivelamento de produção.”
O presidente da Embraer destacou que a cadeia de suprimentos tem sido uma das principais questões que a companhia tem enfrentado nos últimos anos. “Mas fizemos muita coisa para melhorar o nosso processo interno, como suportamos e prevemos problemas e como apoiamos os nossos fornecedores para entregar as peças que precisamos. Em primeiro lugar, preparamos um plano de produção, o qual é muito realista, considerando as limitações e os riscos que se apresentam.
Além de se aproximar dos seus fornecedores, a Embraer está utilizando ferramentas de inteligência artificial para monitorar os riscos na cadeia de suprimentos e implementando iniciativas, com equipes de resgate e aplicando o sistema lean, para auxiliar os fornecedores a eliminar gargalos de equipamentos de qualidade e de eficiência. “Esperamos ter mais um ano difícil, mas estamos preparados para enfrentar desafios”, disse Gomes.
Resultados de 2024
Em 2024, a Embraer entregou 206 aeronaves, sendo 73 jatos comerciais (47 E2 e 26 E1), 130 jatos executivos (75 leves e 55 médios) e 3 KC-390 Millennium multimissão em Defesa & Segurança; 14% acima das 181 aeronaves entregues no ano anterior. As entregas estiveram em linha com as estimativas da aviação comercial e executiva.
“O ano de 2024 foi histórico para a Embraer, com resultados memoráveis que comprovam a trajetória bem sucedida de crescimento da companhia”, destacou Paiva.
Segundo o diretor de relações institucionais, a Embraer teve receita recorde de US$ 6,4 bilhões em 2024, o maior patamar de todos os tempos. “O contínuo foco em vendas resultou na maior carteira de pedidos desde a criação da empresa, avaliada em US$ 26,3 bilhões, e a dívida líquida está próxima de zero”, revelou Paiva.
Em 2024, a companhia teve um crescimento notável em vendas com destaques positivos em todas as áreas, segundo o diretor. Na aviação executiva, a empresa obteve o maior volume de pedidos de US$ 7 bilhões, com 182 pedidos firmes e 30 opções com a Flexjet. O jato leve Fenon 300 permaneceu como o mais entregue na categoria pelo 13º ano consecutivo e bimotor mais entregue pelo quinto ano consecutivo. A divisão terminou 2024 com uma carteira de pedidos recorde de US$ 7,4 bilhões.
Recorde de vendas
Na área de defesa e segurança, a Embraer encerrou o ano com o melhor desempenho de vendas da sua história. Em 2024, a Áustria, República Tcheca, Holanda e um cliente não divulgado adquiriram 13 KC390 Millenium. A Suécia e a Eslováquia também selecionaram a aeronave. O A-29 Super Tucano também teve ótimo desempenho e recebeu 29 novos pedidos do Paraguai, Portugal, Uruguai e dois clientes não divulgados. A carteira de pedidos subiu para US$ 4,2 bilhões, com participação recorde de mais de 60% de clientes globais.
Na aviação comercial, a Embraer fechou contrato firme com a American Airlines para 90 aeronaves E175 e mais 43 opções. A divisão encerrou o ano com uma carteira de pedidos de US$ 10,2 bilhões.
“Para 2025, continuamos comprometidos com o esforço contínuo para gerir nossos negócios com eficiência, com disciplina financeira e inovação em todas as áreas da empresa e seguindo fortalecendo nossa gestão na cadeia de suprimentos”, disse o presidente da Embraer.
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