Uma pesquisa da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) revelou que a defasagem no valor do frete rodoviário de cargas permanece preocupante, com uma média de 13%. O desajuste é de 10,6% no transporte de carga fracionada e 14,7% na carga lotação. Segundo o levantamento, mesmo com a estabilização de custos em 2024, o valor do frete não foi suficiente para cobrir as perdas acumuladas nos últimos anos.
O combustível, que teve alta de 12,6% nos últimos três anos, e o aumento no preço dos caminhões, que subiram 51,6% no mesmo período, são fatores que pressionam os custos operacionais. O Índice Nacional de Custos de Transporte (INCT) também refletiu essa disparidade, registrando um aumento significativo nos custos nos últimos três anos.
Outro fator agravante é a complexidade das tarifas e taxas adicionais na cobrança do frete, o que tem gerado insatisfação entre transportadores. Em nota, a entidade informou que muitos contratantes não remuneram adequadamente os serviços, especialmente em situações excepcionais que exigem serviços extras. Isso impacta a saúde financeira das empresas de transporte, que acabam cobrindo custos adicionais com tarifas básicas.
Um ano desafiador
A projeção para 2025 é de um ambiente ainda mais desafiador, com pressões sobre os custos devido a fatores como a reoneração da folha de salários, o aumento do preço do diesel e o aumento da taxa de juros. Segundo a entidade, esses elementos podem aumentar ainda mais a defasagem no frete, que pode atingir uma média de 3,7% a mais. “Com a inflação persistente e os altos custos financeiros, os transportadores terão que se adaptar, equilibrando sustentabilidade financeira com a competitividade no mercado.”
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