Brasil vende menos implementos pesados em janeiro, mas perspectiva é de um ano aquecido

Apesar da queda nas vendas de reboques e semirreboques no início de 2025, o segmento de leves ficou aquecido; projeção do setor é de um ano de crescimento moderado

Aline Feltrin

A indústria de implementos rodoviários registrou uma redução nas vendas de reboques e semirreboques em janeiro deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2024. De acordo com dados da Associação Nacional das Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), divulgados na manhã desta quarta-feira (5), foram entregues ao mercado doméstico 6.191 unidades no primeiro mês de 2025, o que representa uma queda de 12,49% frente ao ano passado, quando o total de vendas foi de 7.075 unidades.

Embora a diminuição nas vendas tenha chamado a atenção, o presidente da Anfir, José Carlos Spricigo, minimizou o impacto do resultado, destacando que o desempenho do início do ano não é motivo de preocupação. Ele lembrou que as operações logísticas relacionadas ao agronegócio, especialmente a colheita da soja, ainda estavam no começo em janeiro e que esse fator tende a impulsionar as vendas de implementos rodoviários nos meses subsequentes. “A expectativa é de que, com a retomada da atividade no setor agrícola, as vendas de reboques e semirreboques se aquecerão ao longo do ano”, afirmou.

Vendas de leves estão aquecidas

Apesar da queda no segmento pesado, o mercado de implementos rodoviários leves (carrocerias sobre chassis) apresentou crescimento no mesmo período. O total de unidades leves emplacadas em janeiro foi de 5.270, um aumento de 25,09% em relação ao ano passado, quando o volume foi de 4.213 unidades. Esse crescimento foi impulsionado por diversos tipos de produtos, segundo a Anfir, exceto as linhas betoneira e baú Lonado, que registraram queda.

A Anfir projeta um crescimento contínuo para 2025 tanto para leves quanto para pesados, embora de forma mais moderada. Consultada por Transporte Moderno, a associação revelou que, embora a expectativa seja de um avanço, a alta não ultrapassará um dígito percentual. Em 2024, o Brasil emplacou 159.203 implementos rodoviários, um acréscimo de 5,4% sobre as 151.041 unidades de 2023.

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